Extinção de insetos repercutirá de forma catastrófica à humanidade, preveem cientistas

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A utilização de pesticidas e a agricultura intensivas são os principais responsáveis pela perda maciça de insetos, o que resultaria na morte de aves, répteis, anfíbios e peixes que se alimentam deles, de acordo com cientistas.

Representando cerca de dois terços de toda a vida na Terra, os insetos podem estar extintos dentro de um século, de acordo com a primeira análise científica global publicada pela revista Biological Conversation.

Com uma taxa de extinção oito vezes mais rápida do que o respectivo índice para aves, mamíferos e répteis, o estudo afirma que mais de 40% das espécies de insetos em todo o mundo estão atualmente em declínio.

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"As tendências [dos insetos] confirmam que o sexto maior evento de extinção está impactando profundamente nas formas de vida em nosso planeta. As repercussões que isso terá nos ecossistemas do planeta são, no mínimo, catastróficas", alerta a publicação.

Caso a perda de espécies de insetos não for interrompida, isso causará consequências catastróficas para a sobrevivência da humanidade, alertou o autor da análise, Francisco Sanchez-Bayo.

"É muito rápido. Em 10 anos você terá um quarto a menos, em 50 anos restará apenas metade e em 100 anos não terá nenhum", disse Sanchez-Bayo ao jornal The Guardian, referindo-se à previsão de rápido declínio das populações de insetos.

Para o especialista, a "intensificação da agricultura" e o uso de pesticidas e herbicidas são os principais fatores que impulsionam esse declínio, e "se esta fonte de alimento for retirada" muitas aves, répteis, anfíbios e peixes que comem insetos poderão morrer de fome.

"Quando se considera que 80% da biomassa de insetos terá desaparecido em 25-30 anos, isso é muito preocupante", conclui Sanchez-Bayo.

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