Cientistas se alarmam com chance de desprendimento de novo iceberg da Groenlândia (FOTO)

© Foto / NASA Earth Observatory/Jesse Allen/Robert SimmonEnorme ilha de gelo se desprendeu da geleira Petermann, no noroeste da Groenlândia, em julho de 2012
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Uma fenda de 1.295 km² foi descoberta por cientistas na geleira Petermann, no extremo noroeste da Groenlândia, que poderia causar o aparecimento de outro grande iceberg.

A taxa de fluxo das geleiras dos fiordes (golfo encurvado e profundo que se situa entre montanhas muito altas e íngremes) aumentou 10% em relação às fraturas de 2012, ano em que começou a surgir novas fissuras. Devido a isso, se uma nova quebra ocorrer, esse movimento na direção ao oceano poderia ser ainda mais rápido.

Estendida por 70 km no fiorde de Petermann, a língua de gelo (formação que ocorre quando uma geleira se move muito rapidamente para dentro do oceano) possui de 15 a 20 km de largura. Já as rachaduras estão localizadas a 12 km da borda da geleira, segundo a revista científica Journal of Geophysical Research.

Glaciologistas do Instituto Alfred Wegener do Centro Helmholtz de Pesquisa Polar e Marinha (AWI), na Alemanha, através de imagens de satélite recolhidas nos últimos dez anos, detalharam que a geleira registrava uma velocidade de fluxo de "1.135 metros por ano no inverno de 2016".

© Foto / ASTER; Sentinel-2Enorme ilha de gelo está se soltando da geleira Peterman, no noroeste da Groenlândia
Enorme ilha de gelo está se soltando da geleira Peterman, no noroeste da Groenlândia - Sputnik Brasil
Enorme ilha de gelo está se soltando da geleira Peterman, no noroeste da Groenlândia

Essa velocidade representa uma "aceleração de aproximadamente 10% em comparação ao inverno de 2011", que poderia ter sido causada pela perda de um iceberg em agosto de 2012, de acordo com os cientistas.

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Durante rumo ao mar, a geleira esfrega as "paredes rochosas" do fiorde, de modo que se um iceberg fosse desprendido, "o comprimento total da língua" e a superfície de fricção seria reduzida, o que faria com que "a geleira começasse a fluir mais rápido", explica o autor de estudo, Martin Ruckamp.

Se ocorrer novos deslizamentos, isso resultará em uma aceleração parecida à já experimentada, e se isso acontecer, a língua de gelo "se afastará consideravelmente e o efeito estabilizador da rocha diminuirá ainda mais", concluíram cientistas.

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