Telescópio Hubble descobre por acaso nova galáxia perto da Via Láctea (FOTO)

© Foto / YouTube/screenshotTelescópio Hubble (imagem referencial)
Telescópio Hubble (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O observatório orbital Hubble encontrou por acaso uma galáxia extremamente pálida a pequena distância da Via Láctea. As fotos da galáxia, que surgiu apenas 700 milhões anos depois da Grande Expansão, foram publicadas no site do telescópio.

"Pelo caráter de sua evolução, essa galáxia é mais parecida com uma aglomeração globular de estrelas do que com uma 'megalópole estelar'. Parece que ela se formou em resultado de um surto curto e poderoso de formação estrelas e desde então lá não apareceu mais nenhum astro novo", escreveram Luigi Bedin e seus colegas do Observatório Astrofísico de Pádua, Itália.

Os cientistas ainda não têm certeza quanto ao tempo de surgimento dos primeiros astros e galáxias. Anteriormente, os astrofísicos pensavam que isso teria acontecido 400-500 milhões de anos depois da Grande Expansão, mas nos últimos tempos eles têm duvidado dessa data.

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As últimas observações do Hubble e de outros telescópios mostram que as primeiras estrelas e galáxias já existiam passados 300 e 250 anos da Grande Expansão. No entanto, era muito difícil confirmar isso, já que as galáxias antigas estão longe demais da Terra.

Bedin e seus colegas descobriram casualmente o primeiro exemplo de tal "primogénito do Universo", localizado relativamente próximo da Via Láctea, quando examinavam a aglomeração globular NGC 6752 da constelação Pavão, afastada 13 mil anos-luz da Terra.

© Foto / NASA, ESA e L. BedinGaláxia, denominada temporariamente como Bedin-1, descoberta por acaso pelo telescópio Hubble
Galáxia, denominada temporariamente como Bedin-1, descoberta por acaso pelo telescópio Hubble - Sputnik Brasil
Galáxia, denominada temporariamente como Bedin-1, descoberta por acaso pelo telescópio Hubble

Observando as imagens do Hubble, os cientistas repararam em um grupo de estrelas pálidas que não eram parecidas com os outros habitantes dessa parte da Via Láctea. Eles mediram o seu espetro e descobriram que esses astros se localizam a uma distância duas mil vezes maior que as estrelas reais da NGC 6752. Então, ao final era uma galáxia afastada captada afortunadamente pelo telescópio.

O objeto, denominado temporariamente como Bedin-1 em honra do descobridor, tem várias caraterísticas interessantes. Segundo as imagens do Hubble, Bedin-1 é uma galáxia anã esferoidal, ou seja, uma das menores megalópoles estelares do Universo.

A galáxia consiste em matéria escura, não contendo reservas visíveis de gás e poeira. O diâmetro dessa galáxia pequena corresponde a 3 mil anos-luz, segundo as avaliações prévias.

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Todas as suas estrelas são invulgarmente antigas, têm cerca de 13 bilhões de anos, já que suas profundezas quase não contêm "metais" astronômicos, elementos mais pesados que o hidrogênio e hélio.

Vale destacar que o Hubble não registrou diferenças significativas na idade e outras caraterísticas das estrelas da Bedin-1, o que indica que a galáxia se formou de modo praticamente instantâneo, à escala astronômica, depois disso deixou de se desenvolver e de fato terminou sua vida.

Os astrônomos esperam que a investigação dessa galáxia, bem como a busca de objetos parecidos nos arredores da Via Láctea, ajude a estudar as caraterísticas das primeiras estrelas do Universo e sua evolução nos primeiros tempos depois da Grande Explosão.

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