Os biólogos Sebastian Brackhane e Grahame Webb descobriram que de 1996 a 2014 crocodilos atacaram 130 vezes habitantes da ilha, e a maioria dos ataques ocorreu nos últimos sete anos.
Em 52% dos casos, ataques de crocodilos levaram à morte das vítimas. Apesar disso, as autoridades não tem a ambição de combater a invasão dos répteis. Timor-Leste considera que crocodilos sejam animais sagrados, e reforça não haver motivo para temer.
Brackhane se refere ao ministro da Agricultura e Pescas da ilha, que caracteriza crocodilos como juízes naturais justos.
Os biólogos indicam que o aumento na frequência de ataques esteja ligado ao êxodo de grandes répteis da Austrália. De acordo com Brackhane, um crocodilo-marinho do norte da Austrália precisa de uns 15 dias para navegar 600 km até Timor-Leste.
Crocodilos navegando rumo a Timor-Leste são vistos com frequência de plataformas de petróleo na costa norte da Austrália. Para confirmação final da hipótese, é necessário verificar o DNA de crocodilos timorenses. Brackhane e Webb pretendem analisar o DNA dos répteis em breve.Timor-Leste é um dos países mais novos do mundo por ter obtido independência apenas no século atual, em 2002. A luta por terras, recursos e soberania tem sido tão espinhosa que levou até a um inédito genocídio que durou mais de duas décadas.
Por mais de 100 anos, o país foi dominado por portugueses. Na época, Timor-Leste era a região mais atrasada de todos os territórios possuídos por Lisboa, o que influiu, em grande parte, no seu futuro pós-colonial. A área da ilha corresponde a 15 mil km², e a população é de 1,3 milhão de pessoas.O crocodilo-marinho é um dos maiores predadores do planeta. Machos atingem 7 metros de comprimento e podem pesar até duas toneladas. Podem ser encontrados na costa oriental da Índia, em muitos países do sudeste da Ásia, em Papua Nova Guiné e no norte da Austrália.
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