Com a descoberta, revelou-se a relação que existia entre a "Dinastia da Serpente", da cidade de Kaanul, e o reino rival de Tikal — um dos principais centros urbanos pré-colombianos da civilização maia, relata a mídia local, Prensalibre.
Quando foi encontrado, o monumento estava preso entre as raízes de uma árvore sob os restos de um templo, levando quase um ano para que os arqueólogos conseguissem extrair a enorme peça de calcário e a levassem depois para a capital, Cidade da Guatemala.Segundo os especialistas, é a peça mais antiga encontrada até hoje neste sítio arqueológico do período clássico maia.
O altar agora está em exibição no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia, informa a AP.

O especialista em hieróglifos e iconografia, David Stuart, explica que o altar tem o retrato esculpido do governante de Tikal, Chak Took Ich'aak, que representa ele sentado em um trono e segurando uma cobra com duas cabeças.
Trata-se do primeiro retrato conhecido deste personagem, que governou outra cidade 20 anos depois da data gravada na pedra. Tal fato destaca a dinâmica política entre os reinos naquela época.
"Sabia-se que um ataque coordenado [da dinastia Kaanul] foi realizado contra Tikal para conseguir vencê-los em 562 d.C. Este monumento mostra mais uma parte do processo de estabelecimento de alianças", disse Daniel Aquino, diretor do museu.

"Já em 540 d.C., havia-se feito um acordo matrimonial entre uma princesa do reino Kaanul e o mencionado governante, que comemora o fim do período do calendário com a dedicação desse altar", concluiu.
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