O GII, que classifica 126 economias com base em 80 indicadores, é publicado anualmente pela Universidade de Cornell, o Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD) e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Apesar de estar na parte de baixo do ranking, o Brasil subiu 5 posições em relação à publicação anterior da lista. E a novidade é a ascenção da China para a posição 17, levando o país ao grupo das 20 economias mais inovadoras do mundo.Sputnik Brasil conversou sobre o assunto com matemática e engenheira de Computação da UERJ, Marinilza Bruno de Carvalho. Para ela, é importante sempre considerar o momento da tomada dos indicadores, bem como os critérios e a origem dos rakings.
"O Brasil não tem cultura de avaliação nem de planejamento", disse a especialista. Segundo ela, isso dificulta o planejamento pelo Estado de estratégias para conduzir uma política no setor da inovação.
A professora afirmou ser preciso reconhecer o problema, mas também não se deve perder o otimismo. É preciso criar metas e acreditar no empreendedorismo.
"A falta de verba é um fator crítico. Mas existe a seguinte máxima. O gerente vê quanto recurso tem e prepara o projeto baseado nesse recursco. Um empreendedor enxerga a necessidade e faz um projeto para atender essa necessidade e vai buscar o recurso", afirmou ela.
"Acredito que um projeto [de inovação] bem feito, bem ancorado na legislção, nas suas premissar, metas e objetivos, vai encontrar quem pague por ele", acrescentou ela.
Além disso, a especialista lembrou que o Brasil já figurou em oitavo e até quinto lugar em rankings mundiais que avaliam o estado das ciências nos países.
O problema seria transformar esses indicadores em tecnologia.
"Dinheiro falta em todo lugar. Nesse caso falta planejamento, tecnologia, e identificação das demandas".
Marinilza Bruno de Carvalho também afirmou ser importante aproximar os setores público e privado. A maioria dos acadêmicos atua nas universidades e não em empresas.
"A maior parte dos mestres e de doutores tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos, está nas empresas. No Brasil a maior parte dos mestres e doutores está na academia", alertou ela. "No Brasil ainda temos muita difuculdade de fazer isso".
No entanto, essa situação está mudando aos poucos. Segundo a especialista, o crescimento no ranking, apesar de tímido, aconteceu graças a isso.
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