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Falta de inovação no Brasil não é problema financeiro, diz especialista

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Índice Global de Inovação (GII, na sigla em inglês) mantém a Suíça no primeiro lugar do ranking e o Brasil no posto número 64.

O GII, que classifica 126 economias com base em 80 indicadores, é publicado anualmente pela Universidade de Cornell, o Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD) e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

Vista de Lisboa (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Apesar de estar na parte de baixo do ranking, o Brasil subiu 5 posições em relação à publicação anterior da lista. E a novidade é a ascenção da China para a posição 17, levando o país ao grupo das 20 economias mais inovadoras do mundo. 

Sputnik Brasil conversou sobre o assunto com matemática e engenheira de Computação da UERJ, Marinilza Bruno de Carvalho. Para ela, é importante sempre considerar o momento da tomada dos indicadores, bem como os critérios e a origem dos rakings.

"O Brasil não tem cultura de avaliação nem de planejamento", disse a especialista. Segundo ela, isso dificulta o planejamento pelo Estado de estratégias para conduzir uma política no setor da inovação.

A professora afirmou ser preciso reconhecer o problema, mas também não se deve perder o otimismo. É preciso criar metas e acreditar no empreendedorismo. 

"A falta de verba é um fator crítico. Mas existe a seguinte máxima. O gerente vê quanto recurso tem e prepara o projeto baseado nesse recursco. Um empreendedor enxerga a necessidade e faz um projeto para atender essa necessidade e vai buscar o recurso", afirmou ela. 

"Acredito que um projeto [de inovação] bem feito, bem ancorado na legislção, nas suas premissar, metas e objetivos, vai encontrar quem pague por ele", acrescentou ela.

Além disso, a especialista lembrou que o Brasil já figurou em oitavo e até quinto lugar em rankings mundiais que avaliam o estado das ciências nos países.

O problema seria transformar esses indicadores em tecnologia.

"Dinheiro falta em todo lugar. Nesse caso falta planejamento, tecnologia, e identificação das demandas".

Marinilza Bruno de Carvalho também afirmou ser importante aproximar os setores público e privado. A maioria dos acadêmicos atua nas universidades e não em empresas.

"A maior parte dos mestres e de doutores tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos, está nas empresas. No Brasil a maior parte dos mestres e doutores está na academia", alertou ela. "No Brasil ainda temos muita difuculdade de fazer isso".

No entanto, essa situação está mudando aos poucos. Segundo a especialista, o crescimento no ranking, apesar de tímido, aconteceu graças a isso.

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