Teoria da gravidade de Einstein é testada em condições extremas de estrela 'zumbi'

© AP Photo / NASA, JPL-CaltechUm pulsar - estrela de nêutrons muito pequena e muito densa
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Uma equipe de investigadores provou que afinal o cientista Einstein tinha razão, mas desta vez, à escala galáctica.

Um novo estudo realizado pela astrônoma canadense, Anne Archibald, mediu um tipo especial de estrela de nêutrons chamada pulsar enquanto se movia, ou melhor, "caía" na direção de outra estrela.  Depois, os investigadores compararam as medições exatas com as de uma estrela anã branca muito mais leve que estava caindo na direção da mesma estrela e praticamente não encontraram nenhuma diferença no seu comportamento em termos de gravidade.

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"Temos bastante convicção de que o que vimos corresponde totalmente à teoria da relatividade geral", citou o canal CBC Ingrid Stairs, professora da Universidade da Colúmbia Britânica e coautora do estudo publicado nesta sexta-feira (6) na revista Nature.

A teoria de Einstein descreve a gravidade como curvas na relação espaço-tempo que produzem os objetos quando descem ou caem. No espaço, a gravidade e "queda" tomam a forma de estrelas, planetas e luas orbitando uns ao redor dos outros.

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Um trio único de estrelas, registrado por Stairs e seus colegas em 2012, basicamente tornou possível o relatório acima mencionado. Nomeadamente, o trio contém um tipo especial de estrela de nêutrons circulando em um sistema triplo de estrelas. A estrela mencionada no estudo é um pulsar de milissegundos, que gira à velocidade recorde de 366 rotações por segundo e, como consequência, é batizada de zumbi. A coisa mais interessante é que este pulsar está orbitando outras duas estrelas, e uma grande anã branca está, por sua vez, orbitando ambas.

"Para que um sistema triplo sobreviva a uma supernova que forma um pulsar é realmente extraordinário", disse Archibald.

O sistema chamado PSR J0337+1715 fica à distância de 4.200 anos-luz da Terra na constelação de Touro. De acordo com os pesquisadores, isso poderia ser usado para realizar testes únicos de gravidade no futuro.

"Isto nos permitiu ir além do que é possível no Sistema Solar", afirmou Stairs, adicionando que os cientistas se sentem "muito excitados".

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