De acordo com o artigo do jornal estadunidense, entre os usuários do Google, cujos e-mails são lidos com muita frequência, estão os que se subscreveram aos "serviços baseados em e-mail" que oferecem "comparação de preços de shopping" e "planejadores automáticos de itinerário de viagens", relatou o Business Insider.
No entanto, o psicólogo sênior do Instituto de Pesquisa e Tecnologia Comportamental dos EUA, Dr. Robert Epstein, acredita que o assunto é muito maior do que revelou o WSJ em seu artigo."O problema com o Google é que […] ao menos centenas de funcionários da empresa, para fazer seu trabalho, precisam ter acesso total a nossos perfis, incluindo todos os e-mails", disse o psicólogo à Sputnik Internacional. "Esse problema é enorme, vai muito além do que está no WSJ".
Além disso, apontou Epstein, os usuários não sabem realmente como o conteúdo de seus e-mails e outras informações são coletados sobre eles.
"Mas essa é a cultura, e a cultura na tecnologia, generalizando, é, naturalmente, uma vigilância", comentou.
Falando sobre outros princípios de trabalho do Google, o especialista sublinhou que o mecanismo de busca mantém acesso até mesmo aos e-mails deletados por usuários.
Segundo a política de privacidade e termos de uso da empresa, "eles podem levar até seis meses para apagar o material [de e-mails] […] eles podem manter o material por tempo indefinido se tiverem causa razoável", comentou Epstein.
Mas Epstein revelou uma verdade ainda pior: "Pense nos e-mails que você começa a digitar, mas depois diz: 'Não vou enviá-lo de modo algum', e acaba deletando-o sem enviar. Sabe o que acontece? Eles mantêm estes [e-mails] também".
Concluindo, o interlocutor da Sputnik Internacional afirmou que hoje em dia "vivemos em uma sociedade de vigilância, e não temos nenhuma proteção contra isso", pois isto está de acordo com as nossas leis.
Para ele, a situação "é muito mais assustadora" do que nos romances de antiutopia "Admirável Mundo Novo" e "1984" sobre manipulação psicológica e vigilância governamental onipresente.
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