Segundo a pesquisa, a pele da píton Calabar (Calabaria reinhardtii) é 15 vezes mais grossa e é muito mais difícil de perfurar do que a de outras espécies. A alta resistência é consequência da estrutura especial da pele. Colágeno é distribuído em camadas de forma perpendicular em relação às camadas superiores e inferiores — a estrutura entrecruzada parece mais com a pele de um rinoceronte do que com a pele de outras cobras.
Cientistas acreditam que a pela grossa da píton seja resultado evolutivo para proteger a cobra de mordidas de roedores que defendem seus filhotes — principal alimento de pítons Calabar.
"Nenhuma outra cobra se aproximou das condições da pela de Calabar. É realmente uma novidade entre serpentes", afirmou o coautor do estudo, Bruce Young.
Além da pele extraordinária, a cobra tem outras caraterísticas fisiológicas curiosas. Por exemplo, a espécie parece "uma cobra com duas bundas", como descreveu a filha de 10 anos de Young. Em outras palavras, a cabeça e o rabo da serpente possuem quase a mesma aparência, pois ambos os extremos são contundentes e ovais.