Astrônomos: chove pedra na Lua regularmente (VÍDEO, FOTOS)

© Sputnik / Vladimir Astapkovich / Acessar o banco de imagensDisco de Lua no céu de Moscou, 10 de agosto de 2015
Disco de Lua no céu de Moscou, 10 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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Os astrônomos, que observam pequenos asteroides parecidos com o meteorito de Chelyabinsk, descobriram que na Lua "chove" regularmente pequenos pedaços de asteroides que bombardeiam a superfície do satélite, informa a assessoria de imprensa da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês).

"Nossas câmeras duplas permitem que sejam vistos os clarões na superfície da Lua, antes impossíveis de registrar através de um só telescópio. Com a organização dos dados dos últimos 22 meses, registramos uma grandiosidade de asteroides com 10 metros de diâmetro e menos, que voam ao redor da Terra. Além disso, os dados em questão vão nos ajudar a descobrir a física dos clarões, bem como desvendar o peso e quais corpos celestes causam o fenômeno", comunicou Alceste Bonanos, pesquisador do Instituto de Astronomia da Grécia.

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Cientistas de todo o mundo estão concentrando seus estudos nos asteroides próximos à Terra através da "inventariação" espacial para tentar entender os riscos que podemos vir a enfrentar.   

Apesar da enorme quantidade de asteroides, que foram descobertos nos últimos anos através de telescópios terrestres e do observatório infravermelho orbital WISE, muitos asteroides gigantescos e uma quantidade incontável de corpos celestes do tamanho de meteorito de Chelyabinsk, que caiu na Terra em fevereiro de 2013, ainda são desconhecidos por nós.

Para resolver esta questão ESA criou o projeto NELIOTA, no âmbito do qual o telescópio de 1,2 metro, instalado no observatório de Kryoneri na Grécia, foi modernizado especialmente para observar os asteroides que estão próximos à Terra. Vale destacar que câmeras ultrarrápidas da alta resolução foram instaladas pelos engenheiros e astrônomos da ESA. Elas são capazes de monitorar até mesmo a queda de objetos pequenos na superfície da Lua.

​O projeto NELIOTA, como explica Bonanos, foi lançado em fevereiro de 2015, porém o funcionamento genuíno começou somente em março deste ano, quando foi instalada a segunda câmera responsável pelo aumento de resolução e sensibilidade do telescópio. Após a finalização da instalação da segunda câmera, o céu é registrado em tempo real.

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Como mostraram as primeiras observações da superfície da Lua em março e abril, “chove” regularmente pedra. Durante 11 horas de observação, os cientistas não somente fixaram quatros quedas de asteroides pequenos do tamanho do meteorito de Chelyabinsk, mas também localizaram onde caíram e mediram suas temperaturas no momento da queda.

Os cientistas esperam que os 22 meses de funcionamento do telescópio em Kryoneri ajudem a registrar milhares de clarões, bem como a queda dos asteroides. Os dados em questão, de acordo com os astrônomos, vão ajudar avaliar a quantidade de asteroides perigosos ao redor da Terra e descobrir a frequência de queda na superfície do nosso planeta e quais consequências podem causar.

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