"Há dois anos, o mundo ficou chocado com a notícia que um drone tinha largado areia radioativa sobre a residência do premiê japonês. É impossível detectar tais bombas sujas com antecedência, usando os detectores atuais, por estes não conseguirem funcionar longe da fonte de radiação", disse Eunmi Choi, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ulsan, à revista.
Detectores de radiação convencionais, tais como os contadores Geiger-Muller e detectores de câmaras de ionização, são capazes de detectar radiação quando estão perto da fonte, mas quando estão mais longe, ou o nível de radiação é baixo, os resultados são limitados, o que torna a detecção das chamadas "bombas sujas" muito complicada.
Tentando encontrar uma solução para o problema, Choi e seus colegas descobriram que os elétrons produzidos por materiais radioativos podem gerar potentes raios de radiação eletromagnética e nuvens de plasma criados pelos últimos.vencao-
Mesmo um só elétron, entrando nesta nuvem de plasma, produz uma descarga elétrica, formando assim ondas secundárias.
Elétrons livres estão sempre presentes no ar, mas são poucos e dispersos.
Os cientistas determinaram que se focassem o raio de radiação eletromagnética em uma área relativamente estreita, eles poderiam assegurar quase a 100% a entrada de elétron na nuvem de plasma graças à proximidade de materiais radioativos.
Eunmi Choi e sua equipe testaram essa ideia disparando um gerador de alta potência de radiação de micro-ondas, conhecido como girotron, em uma antena, que reflete as ondas para a fonte.
Se qualquer material radioativo estiver presente, é criado plasma, que é quebrado pela radiação produzindo elétrons livres detectáveis.
Os testes mostram que essa combinação de equipamentos pode detectar até vestígios de cobalto-60 com uma massa de 500 nanogramas a uma distância de cerca de um metro com quase 100% de precisão.A cientista sul-coreana e seus colegas acreditam que usando antenas com um diâmetro de 1,2 metros se poderia detectar a mesma quantidade de material físsil à distância de um quilômetro.
Esse método poderia ser útil quando se trata de "bombas sujas" e também ajudar a prevenir as consequências de acidentes e derramamentos em usinas nucleares, informa a revista.
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