Leva-me à Lua: Rússia e EUA discutem estação lunar para missão a Marte

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A corporação russa Roscosmos e a NASA estão discutindo o futuro de missões espaciais conjuntas após a conclusão do projeto da Estação Espacial Internacional (EEI) em 2024.

Uma das propostas é a criação de uma base espacial nas proximidades da Lua que possibilitará a exploração profunda de Marte e do espaço em torno dele.

O fim do projeto da EEI, que é uma parceria entre a Rússia, EUA, UE, Japão e Canadá, está programado para o final de 2024, quando a nave espacial será levada para fora da órbita.

Imagem do rover Mars 2020, NASA - Sputnik Brasil
Novo rover Mars 2020 irá procurar vida em Marte
A construção da EEI teve início em 1998 quando foi lançado o módulo Zarya (Aurora).

Em março do ano passado o chefe da Roscosmos Igor Komarov confirmou que a EEI continuaria suas pesquisas científicas até 2024, destacando que os EUA e a Rússia estão negociando a respeito de sucessor para o projeto internacional.

"A Roscosmos e a NASA vão trabalhar no projeto para uma futura estação orbital", informou Komarov.

"Será um projeto aberto, não serão só os participantes atuais da EEI que poderão tomar parte dele. Ele estará disponível para todos os que querem se juntar (ao projeto)", disse Komarov citado pela agência Vesti.ru.

© FotoEstação Espacial Internacional (EEI)
Estação Espacial Internacional (EEI) - Sputnik Brasil
Estação Espacial Internacional (EEI)

De acordo com o administrador da NASA Charles Bolden, os países podem colaborar na missão a Marte.

Vários rovers planetários e sondas orbitais estão examinando Marte. O mais recente deles é o ExoMars, que é uma missão conjunta da Roscosmos com a Agência Espacial Europeia, lançado a partir de Baikonur em março de 2016. Porém, a missão tripulada está programada para os anos de 2030.

O autor do portal RussianSpaceWeb.com Anatoly Zak revelou que as empresas americanas Boeing e Lockhed Martin têm trabalhado com seus colegas das companhias russas RSC Energia e GKNPTs Khrunichev na elaboração das estratégias da missão, entre as quais está a criação de um "ambiente" internacional no espaço interior da órbita lunar.

"Ambas as partes compreendem porque precisam uma da outra e como as peças combinam entre si. Os russos, por seu lado, controlavam o desenvolvimento e operação dos módulos espaciais que podem acomodar tripulações e garantir propulsão para os anos a seguir. É exatamente o que os EUA poderiam usar. Esse ambiente iria aumentar o volume necessário para a vida das tripulações da Orion para ter mais espaço no módulo da nave que inclui apenas um compartimento limitado de um quarto destinado à tripulação, estendendo as possibilidades das missões."

Na conferência de pesquisas e desenvolvimento da EEI em San Diego, realizada na semana passada, o vice-administrador para exploração e operações da NASA William Gerstenmaier confirmou a Atatoly Zak que as missões perto da Lua são consideradas um ponto de partida para a futura missão tripulada a Marte.

© AFP 2023 / PATRICK KOVARIKCosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko e astronauta da NASA Scott Kelly posam juntos
Cosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko e astronauta da NASA Scott Kelly posam juntos - Sputnik Brasil
Cosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko e astronauta da NASA Scott Kelly posam juntos

A NASA planeja lançar sua nave espacial Orion nos anos 2020 quando ela levará a bordo astronautas para explorar um asteroide e espera que Marte esteja na visão do homem nos anos 2030.

Na EEI os pesquisadores estão tentando compreender como proteger o corpo humano para que ele possa permanecer no espaço por mais tempo, uma exigência necessária para a missão a Marte.

Em março de 2016, o astronauta americano Scott Kelly e o cosmonauta russo Mikhail Kornienko pousaram no Cazaquistão, tendo passado 340 dias no espaço a bordo da EEI.

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