Rússia inicia produção de ímãs permanentes de alta potência

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Especialistas do Instituto Tecnológico do Norte (filial da Universidade de Investigação Nuclear, ligada ao Instituto MIFI) planejam criar uma pequena empresa de produção de ímãs e ligas com base em metais de terras raras.

Estes produtos magnéticos têm bastante demanda em vários setores da indústria. Os ímãs de alta potência são utilizados na produção de tomógrafos de ressonância magnética, fechaduras e sistemas de ignição de carros, motores elétricos para guindastes industriais, sistemas de tração elétrica das locomotivas de trens, de navios e de caminhões de mineração.

Os motores de corrente contínua de baixa tensão com ímãs de alta potência são ainda utilizados em brinquedos, computadores e outros equipamentos de escritório.    

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Não obstante a grande demanda, até recentemente a produção destes ímãs era muito reduzida na Rússia – apenas 120 toneladas por ano – e mesmo essa a partir de matéria-prima chinesa. O líder mundial, a China, produz 20 000 toneladas de ímãs por ano, ou seja, cerca de 170 vezes mais. Tendo isso em conta, os especialistas do Instituto Tecnológico do Norte colocaram dois objetivos principais: primeiro, organizar a produção de matéria-prima nacional, segundo, recuperar e aperfeiçoar a tecnologia de produção de ímãs. 

O primeiro objetivo está praticamente alcançado: o Instituto já colocou em funcionamento uma instalação experimental para obtenção de ligas nanoestruturadas e com base em metais de terras raras. Aliás, a tecnologia russa difere da chinesa e dos análogos europeus. Para o aquecimento e fundição no processo metalotérmico não é utilizada energia de fontes externas. O processo decorre à custa da energia encerrada nas próprias substâncias. Os cientistas russos preconizam que este processo será bastante mais econômico e que os produtos serão mais competitivos que os chineses.

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Para além disso, os cientistas da filial do MIFI começaram a trabalhar no segundo objetivo: organizar um departamento para a produção experimental de ímãs. Estes deverão ter características iguais ou superiores aos análogos de empresas concorrentes.

“Gostaríamos de criar uma pequena empresa junto do nosso instituto para produzir ímãs para a região e, futuramente, encontrar parceiros industriais de maneira a substituir as tecnologias importadas, o que permitiria criar uma cadeia completa “ligas – ímãs — produto acabado”, explicou o professor Aleksandr Buinovsky, da cátedra de Química e Tecnologia de Materiais para o Setor Energético do ITN.

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