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Na retomada da CPI, Rodrigues diz: 'Não há dúvidas que Bolsonaro prevaricou, mas sim por quê?'

© Foto / Agência Senado / Leopoldo SilvaSenador Randolfe Rodrigues em entrevista coletiva antes do recesso da CPI da Covid, Brasília, 15 de julho de 2021
Senador Randolfe Rodrigues em entrevista coletiva antes do recesso da CPI da Covid, Brasília, 15 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2021
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A CPI da Covid volta à ativa nessa segunda-feira (2). Em entrevista, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, contou quais serão os próximos passos e indica que, na leitura da CPI, houve de fato crime de prevaricação por parte do chefe do Executivo.

Após duas semanas de recesso, a CPI da Covid retoma os trabalhos nesta segunda-feira (2), com uma série de casos a serem analisados e o desafio de comprovar as acusações que surgiram durante a sua primeira etapa. 

Em entrevista ao jornal O Globo, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que o principal foco a ser discutido nessa segunda tempo será a "investigação sobre corrupção".

"[...] A nossa ideia é organizar por tema cada uma das semanas. A primeira semana é sobre o papel das intermediárias que atuaram no Ministério da Saúde, com o coronel Hamilton Gomes, Marcelo Blanco e Airton Cascavel. Na segunda semana, a nossa ideia é avançar para investigarmos a Precisa [Medicamentos] e a Covaxin. E assim por diante", afirmou o senador.

Randolfe diz que essa forma "didática" de fazer as investigações, é a forma mais produtiva de "sistematizar as informações e avançar para o relatório final".

Bolsonaro e prevaricação

Ainda segundo o senador, não restam dúvidas de que houve crime de prevaricação por parte do presidente, Jair Bolsonaro, envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, e que hoje a pergunta que a CPI se faz é por que ele prevaricou.

"Para nós da CPI, não há dúvidas sobre o crime de prevaricação no caso da Covaxin. [...] O que nós estamos investigando é por que o presidente prevaricou. O senhor presidente, tendo recebido a notícia de um esquema de corrupção em curso no âmbito do Ministério da Saúde, não tomou providências. E também há outros crimes. Nós estamos procurando os liames entre os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência e os demais."

Indagado se, no final dos trabalhos da comissão, o presidente será responsabilizado, Randolfe afirma que quer "deixar essa conclusão para o relatório final", mas que até agora "todos os elementos e indícios apontam para a responsabilidade, não para uma responsabilidade, mas para responsabilidades do presidente da República". 

© REUTERS / Adriano MachadoReunião da CPI da Covid no Senado Federal em Brasília, 13 de julho de 2021
Na retomada da CPI, Rodrigues diz: 'Não há dúvidas que Bolsonaro prevaricou, mas sim por quê?' - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2021
Reunião da CPI da Covid no Senado Federal em Brasília, 13 de julho de 2021

Nomeação de Ciro Nogueira

Um dos últimos movimentos do governo para se manter forte na arena política foi a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para o cargo de ministro da Casa Civil, função aceita pelo senador na última sexta-feira (27), conforme noticiado.

Diante desse cenário, O Globo perguntou a Randolfe Rodrigues se a entrada de Nogueira no cargo mudaria alguma coisa na CPI. 

O vice-presidente respondeu que "inevitavelmente já mudou", a partir do momento que ocorreu a "oficialização do senador Flávio Bolsonaro [Patriotas-RJ] como membro da comissão" e que hoje, por conta da nomeação de Nogueira, "não vejo como mudar a determinação do convencimento dos senadores".

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