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Jungmann diz que Forças Armadas estão sob ataque de Bolsonaro e critica militares em cargos civis

© Folhapress / Zanone FraissatO presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Ramos, durante a solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 18 de abril de 2019.
O presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Ramos, durante a solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 18 de abril de 2019. - Sputnik Brasil, 1920, 07.07.2021
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Ex-ministro da Defesa diz que "já passou da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.

Nesta quarta-feira (7), em entrevista para o portal UOL, o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que as Forças Armadas "estão sob ataque do seu comandante supremo [o presidente Jair Bolsonaro]", e que a prova disso seriam as exonerações de comandantes ocorridas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.

Para Jungmann, as "exonerações sem explicações razoáveis" aconteceram porque os comandantes são subordinados ao Ministério da Defesa, e Bolsonaro teria motivado as mesmas a partir do momento que os militares não aceitaram se envolver na política e endossar as hostilidades do presidente contra o Legislativo e o Judiciário.

O ex-ministro ainda declarou que os militares não aceitarão participar de "aventuras fora da Constituição" e disse que "é evidente o constrangimento" diante do envolvimento de oficiais nas denúncias que cercam o Ministério da Saúde.

Em sua interpretação, o ex-ministro acredita que "já passa da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.

Como exemplo, Jungmann citou o fato de não ter havido punição à participação do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, em palanque com Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Sobre decreto número 10.727, recentemente editado pelo presidente, que liberou a participação de militares da ativa em cargos de natureza civil do governo federal, Jungmann também se posicionou contra.

Adicionalmente, o ex-ministro disse temer pelo quadro político em 2022, caso Bolsonaro não se reeleja e afirme que a eleição foi fraudada, pois um caos maior ainda pode se instalar no país.

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