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Bolsonaro blefa ao dizer que Forças Armadas estão com ele, diz ex-ministro da Secretaria de Governo

© Foto / Agência Brasil / Fernando Frazão/O presidente da República Jair Bolsonaro, participa da cerimônia de juramento à bandeira e entrega de Espadins da turma Almirante Bosisio na Escola Naval, 19 de junho de 2021
O presidente da República Jair Bolsonaro, participa da cerimônia de juramento à bandeira e entrega de Espadins da turma Almirante Bosisio na Escola Naval, 19 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.07.2021
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General Carlos Alberto dos Santos Cruz acredita que a ideia da população de que o presidente recebe apoio das Forças Armadas acontece pela quantidade de militares em cargos importantes, mas que na verdade, não há "apoio institucional".

Em entrevista pra o canal do YouTube de Luís Costa Pinto, no programa "Sua Excelência, O Fato", o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ao ser questionado sobre o suposto apoio dos militares e das Forças Armadas a Bolsonaro, declarou que "é evidente" que o presidente está "blefando". 

"Pela minha experiência de vida, 47 anos dentro do Exército, também não vejo nenhum apoio institucional, a instituição se comprometendo com o governo", complementou Cruz.

O ex-ministro acredita que a interpretação da população de que Bolsonaro está recebendo apoio das Forças Armadas é proveniente do fato de que uma grande quantidade de cargos importantes estão sendo ocupados por militares, mas que na verdade, o presidente "explorado propositalmente" esse fato.

"O que que aconteceu? Aconteceu uma deformação na representação social que foi essa grande quantidade de militares escolhidos para funções no governo. Isso traz uma percepção para a sociedade – e é uma percepção correta da sociedade, você não pode dizer que ela está errada – de que existe um comprometimento institucional [com Bolsonaro], que não existe e isso é explorado propositalmente [pelo presidente]", disse Cruz.

No curso da entrevista, o ex-ministro declarou uma "sensação de frustração com o governo", pois esperava "uma nova forma de política" para o país com o início da gestão Bolsonaro.

"Esperava uma nova forma de política, de respeito. Esperava um combate à corrupção, à eliminação de privilégios. […] Fazer as coisas com planejamento, com coordenação, não ter radicalismo político", afirmou Cruz.

O general também considera que o gerenciamento por parte do presidente diante das questões do país "aprofundou" a divisão da sociedade "iniciada pelos governos do PT", e que "todo mundo esperava que ele tivesse condição de cumprir o que prometeu", afirmou Cruz. 

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