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Bolsonaro foi alertado pessoalmente sobre irregularidades nas negociações da Covaxin, diz mídia

© Foto / Marcelo Camargo / Agência BrasilO presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de assinatura de acordo com os EUA para participar do Programa Lunar Nasa Artemis, 15 de junho de 2021
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de assinatura de acordo com os EUA para participar do Programa Lunar Nasa Artemis, 15 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2021
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Segundo relato de deputado federal, presidente foi avisado sobre imprecisões na negociação do imunizante indiano e teria dito que acionaria a Polícia Federal para averiguar a questão.

Nesta quarta-feira (23), chegou à CPI da Covid informações de que o presidente, Jair Bolsonaro, teria sido alertado pessoalmente sobre evidências de irregularidade nos trâmites do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

O alerta teria sido feito pelo deputado federal Luís Claudio Miranda (DEM-DF), segundo a Folha de São Paulo.

"No dia 20 de março fui pessoalmente, com o servidor da Saúde que é meu irmão [Luís Ricardo Fernandes Miranda], e levamos toda a documentação para ele [Bolsonaro]. Levei [o caso] para ele porque confio nele. Espero que ele tenha feito alguma coisa", disse o deputado citado pela mídia.

Luís Ricardo, que é chefe do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, prestou depoimento ao Ministério Público Federal sobre o interesse "fora do padrão" do Ministério da Saúde em negociar a importação da vacina por meio da Precisa, representante no Brasil da empresa indiana Barath Biontech, desenvolvedora da Covaxin.

De acordo com as informações reunidas, há indícios de possíveis irregularidades no contrato para a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin no valor total de R$1,6 bilhão. A dose foi negociada a US$ 15 (cerca de R$ 74,56), preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado internacional.

Segundo o parlamentar, Bolsonaro prometeu acionar a Polícia Federal para investigar o caso "para poder agir imediatamente, porque ele compreendeu que era grave, gravíssimo", disse Luís Claudio.

Porém, o parlamentar afirmou que não recebeu retorno do presidente ou da PF sobre o caso.

"Não era só uma pressão que meu irmão recebia. Tinha indícios claros de corrupção", disse o deputado.

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Bolsonaro "estava diretamente envolvido" na compra da vacina Covaxin.

"Estávamos tratando essa investigação como mero caso de omissão. Mas precisamos evoluir para o patamar seguinte: foram ações deliberadas", declarou o relator segundo a Agência Senado.

O deputado Luís Claudio, e seu irmão, Luís Ricardo, serão ouvidos pela CPI da Covid na sexta-feira (25).

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