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Senadores criticam discurso de Bolsonaro e acreditam que recuo no negacionismo veio tarde demais

© Foto / Leopoldo Silva / Agência Senado Em pronunciamento, presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), 2 de junho de 2021
Em pronunciamento, presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), 2 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 03.06.2021
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Após discurso do presidente Jair Bolsonaro, senadores desaprovaram seu pronunciamento, o qual consideram que só tenha acontecido pela pressão da CPI da Covid e por pressão da sociedade brasileira.

Na quarta-feira (2), o presidente, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento em rede nacional no qual iniciou comentando sobre as mortes de brasileiros devido à pandemia da COVID-19, porém, senadores e demais políticos ligados à CPI da Covid, em nota conjunta, criticaram a fala do presidente, afirmando que seu pronunciamento vem com "atraso fatal e doloroso".

O comunicado foi assinado pelo presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), pelo vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros membros da CPI.

Segundo a nota, os senadores interpretam que a fala do presidente em cadeia nacional foi "consequência do trabalho da comissão e da pressão da sociedade brasileira que ocupou a rua contra o obscurantismo".

"Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável. A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira", diz o comunicado.

Ainda de acordo com a nota, o Brasil esperava de Bolsonaro o tom a favor das vacinas em 24 de março de 2020, "quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de 'gripezinha'", e que embora agora tenha mudado um pouco sua linha de pensamento em relação à pandemia, o presidente "optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a COVID-19".

Na segunda-feira (31), os senadores também condenaram veementemente a decisão do governo brasileiro de aceitar receber a Copa América no país, dizendo que o campeonato será o "campeonato da morte", em meio ao nível elevado de infecções pelo coronavírus no Brasil.

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