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Enquanto ministro da Saúde defende distanciamento, Bolsonaro pede revisão de 'política de lockdown'

© Foto / Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência BrasilO novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, ao lado do Zé Gotinha, em 23 de março de 2021
O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, ao lado do Zé Gotinha, em 23 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2021
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Após reunião de comitê criado para enfrentamento da crise do coronavírus, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente Jair Bolsonaro deram declarações conflitantes sobre o isolamento social.

Em pronunciamento à imprensa, Queiroga, embora tenha dito que "medidas extremas nunca são bem vistas" pela população brasileira, defendeu o distanciamento social como forma de conter a disseminação da COVID-19. 

"Nós sabemos que nos grandes feriados há possibilidade de aglomerações desnecessárias. As pessoas devem observar o uso de máscaras. O uso de máscaras é importante, é fundamental. Devem guardar o distanciamento entre si para que essa doença não seja transmitida na velocidade que vem se transmitido. Então são várias ações. Se fizermos todas essas ações de maneira efetiva, nós vamos ter melhores resultados", argumentou o ministro, segundo o jornal O Globo. 

Nesta quarta-feira (31) foi realizada a primeira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da COVID-19, que, além de Bolsonaro e Queiroga, contou com a presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

"Medidas extremas nunca são bem vistas pela sociedade brasileira e têm dificuldade de adesão. Então vamos fazer cada um a nossa parte, compromisso de cada um dos brasileiros, usar máscara, disciplinar os transportes públicos. Estamos discutindo com o Ministério da Infraestrutura a adoção de políticas nos transportes públicos que possam resultar em um menor potencial de contaminação", acrescentou o ministro da Saúde. 

Governadores e prefeitos

Mais tarde, durante anúncio do pagamento da nova rodada do auxílio emergencial, Bolsonaro criticou o isolamento social. Ele questionou prefeitos e governadores e disse que a população "não apenas quer, precisa trabalhar". Além disso, afirmou que o auxílio não poderia ser pago por muito tempo e que os "efeitos colaterais do combate à pandemia não podem ser mais danosos que o próprio vírus". 

"O apelo que a gente faz aqui é que essa política de lockdown seja revista. Isso cabe na ponta da linha a governadores e prefeitos. Só assim podemos voltar à normalidade. Temos assistido em vários países da Europa uma fadiga, um estresse no tocante à política de lockdown. A população não apenas quer, precisa trabalhar", disse o presidente.
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