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Valor do auxílio não é o 'ideal', afirma ministro da Cidadania

© Folhapress / Roberto Gardinalli/Futura PressAgência da Caixa Econômica Federal de Limeira (SP) registra filas de pessoas que foram sacar o auxílio emergencial
Agência da Caixa Econômica Federal de Limeira (SP) registra filas de pessoas que foram sacar o auxílio emergencial - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2021
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O ministro da Cidadania, João Roma, disse que novo valor do auxílio emergencial, que voltará a ser distribuído em abril, não é o "ideal", sendo insuficiente para permitir que as pessoas fiquem em casa. 

Nesta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso a medida provisória que institui a nova rodada do benefício. O governo pagará quatro parcelas, com valores entre R$ 150 e R$ 375. A maior parte dos contemplados receberá o menor valor. 

Ao todo, serão beneficiadas 45,6 milhões de pessoas. Em 2020, segundo o governo, foram atendidos 67,9 milhões de cidadãos. 

Em entrevista ao jornal O Globo, ao ser perguntado se os valores pagos seriam suficientes para que, no pior momento da pandemia do coronavírus no Brasil, as pessoas fiquem em casa, Roma respondeu que não. 

"Não. Mas é mais do que necessário, é de fundamental importância para aliviar o sofrimento dessas famílias. Em comparação a uma família de classe média, parece ser uma quantidade pequena de recursos. É o ideal? Óbvio que não, mas é o que foi possível alcançar", afirmou o ministro. 

Responsabilidade fiscal

A pasta da Cidadania é atualmente a responsável pelo pagamento do auxílio, assim como pela distribuição do Bolsa Família. No ano passado, as primeiras parcelas do benefício foram de R$ 600 (com limite de até R$ 1.200). Depois, o valor caiu para R$ 300 (com limite de R$ 600). 

"A limitação foi uma exigência da responsabilidade fiscal do governo. A situação econômica está delicada. Na votação da PEC [que afrouxou as regras fiscais para permitir o pagamento] ocorreu até uma movimentação para que se excluísse o Bolsa Família do teto de gastos", argumentou Roma.

"Só isso causou uma movimentação brusca no mercado. A política social e a política econômica são duas faces da mesma moeda. Quando existe qualquer oscilação mais grave, qualquer piora na área econômica, quem primeiro e mais sofre é a população mais vulnerável, a população mais pobre", acrescentou o ministro. 

O auxílio deixou de ser pago oficialmente em dezembro do ano passado. Inicialmente, Bolsonaro vinha dizendo que ele não seria prorrogado. No entanto, a piora da pandemia no país, assim como a pressão da sociedade e políticos, fez o governo ceder. O novo valor, no entanto, é apontado como baixo por diversas organizações e parlamentares. 

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