Nesta segunda-feira (8), o ministro do STF, Edson Fachin, anulou todas as condenações de Lula na Lava Jato. A decisão, por ora, também beneficia o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, cuja suspeição pode perder o objeto com a anulação dos processos.
Em reação, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que foi eleito para a liderança da Câmara com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi às redes sociais e fez críticas a Moro, apontando que acredita que Moro deve ser julgado.
Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!
— Arthur Lira (@ArthurLira_) March 8, 2021
Moro tornou-se inimigo político de Bolsonaro após deixar o cargo de ministro em abril de 2020, acusando o presidente de interferência na Polícia Federal para ajudar sua família. O ex-ministro e ex-juiz também acumula derrotas na Justiça desde que a chamada Vaza Jato revelou diálogos entre ele e procuradores da Lava Jato. Os diálogos vieram a público ainda em 2019 em uma série de reportagens do site The Intercept Brasil e mais tarde também por outros órgãos de imprensa.
A decisão do ministro Edson Fachin vale para todos os processos que envolvem o petista na Lava Jato, os casos do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e também das doações ao Instituto Lula. Dessa forma, Lula recuperou seus direitos políticos diante da Lei da Ficha Limpa e tornou-se novamente elegível.
Após a anulação, os processos de Lula serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que avaliará se os atos realizados nos três processos da Lava Jato podem ser validados e reaproveitados.
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