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Gilmar Mendes rebate Villas Bôas e defende STF: 'Ditadura nunca mais'

© Folhapress / Mateus BonomiGilmar Mendes, ministro do STF, em 23 de outubro, durante julgamento sobre prisão em segunda instancia realizado no Plenário do STF.
Gilmar Mendes, ministro do STF, em 23 de outubro, durante julgamento sobre prisão em segunda instancia realizado no Plenário do STF. - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2021
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O ex-comandante do Exército ironizou, nesta terça-feira (16), a reação do ministro Edson Fachin sobre a revelação de que o general articulou com o Alto Comando da Força para pressionar a corte a não conceder um habeas corpus a Lula em 2018.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes rebateu, na tarde desta terça-feira (16), a ironia do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas contra o também ministro da corte Edson Fachin. Em sua conta no Twitter, Mendes reagiu à postura do general, defendendo o tribunal e se posicionando contra a ditadura militar, que durou de 1964 a 1985 no país.

​Na segunda-feira (15), Fachin condenou a revelação de que o ex-comandante do Exército articulou com o Alto Comando da Força para pressionar a corte a não conceder o habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2018. Na ocasião, Villas Bôas escreveu um tweet que chegou a ser interpretado como uma ameaça de golpe, caso Lula fosse favorecido.

© Foto / Marcelo Camargo/Agência BrasilComandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
Gilmar Mendes rebate Villas Bôas e defende STF: 'Ditadura nunca mais' - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2021
Comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
"Anoto ser intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário. A declaração de tal intuito, se confirmado, é gravíssima e atenta contra a ordem constitucional. E ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição", disse Fachin, em nota, na segunda-feira (15).

Em seguida, na manhã desta terça-feira (16), o general ironizou o fato de o ministro só ter se posicionado após três anos.

Na época, o STF acabou não acatando o habeas corpus impetrado na corte pela defesa de Lula, que foi preso alguns dias depois. O ex-presidente também foi impedido de concorrer à presidência da República naquele ano e cumpriu pena até novembro de 2019.

​As eleições de 2018 foram vencidas pelo atual presidente Jair Bolsonaro (até então no PSL e, atualmente, sem partido), no segundo turno, contra Fernando Haddad (PT).

Relator do pedido de Lula em 2018, Edson Fachin votou contra o habeas corpus, que foi de fato negado pelo plenário do Supremo por 6 a 5.

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