Em carta publicada pelo portal do STF, o ministro Edson Fachin, que será o comandante da Justiça Eleitoral nas eleições de 2022 no Brasil, fez um apelo e rechaçou a "desmoralização dos processos eleitorais" pelo mundo.
Segundo ele, "ao romper de fevereiro, um golpe é deflagrado na República da União de Mianmar. A derrota eleitoral é atribuída a desvios de procedimento. A suposta fraude engendra um discurso vazio e desprezível, com o fim de sustentar um governo autocrático".
O Exército de Mianmar assumiu o poder do país nessa segunda-feira (1º) e declarou estado de emergência. Os militares prenderam o presidente do país, Win Myint, e Aung San Suu Kyi, líder do partido governista e vencedora do Nobel da Paz em 1991.
Os militares de Mianmar impuseram o estado de emergência no país por um ano, após informações de que Aung San Suu Kyi e outros políticos do partido governante teriam sido presos https://t.co/v60nLwORxn
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 1, 2021
Ainda de acordo com o documento publicado por Fachin, "as eleições democráticas objetivam permitir que os conflitos sociais sejam processados de modo civilizado e pacífico. Destinam-se, ademais, a permitir que a sociedade dite, livremente, os caminhos do seu desenvolvimento. Fora da institucionalidade eletiva a comunidade expõe-se à violência e retrocede ao papel de unidade cativa do abuso e do jugo. A política resulta traída, amputada em sua missão de amainar o alcance do sofrimento humano".
"Golpe algum, em circunstância alguma, é mal necessário. Golpe sempre é um mal. Emergências e crises devem ser resolvidas dentro da democracia. Violações de direitos humanos e afrontas às garantias fundamentais devem ser apuradas e decididas na legalidade democrática", concluiu o ministro na nota.

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