O presidente é contra medidas restritivas à circulação da população desde o início da pandemia. O isolamento é recomendado por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar a diminuir a disseminação da COVID-19.
Segundo o presidente, tirando idosos e pessoas com comorbidades, o "resto tem que trabalhar".
"A política de fechar tudo e ficar em casa não deu certo. O povo brasileiro é forte, o povo brasileiro não tem medo do perigo. Nós sabemos quem é que são os vulneráveis: os mais idosos e os com comorbidade. O resto tem que trabalhar", afirmou Bolsonaro, segundo o portal UOL.
A declaração foi feita durante cerimônia de inauguração de uma ponte sobre o Rio São Francisco, na BR-101, entre Alagoas e Sergipe.
Brasil ultrapassa 220 mil mortos pela COVID-19
Na quarta-feira (27), foram registradas mais 1.283 mortes pela COVID-19 no Brasil, fazendo total de óbitos pela doença chegar a 220.161. Além disso, foram contabilizados 63.520 novos casos do coronavírus. Total de pessoas já infectadas é de 8.996.876.
Após a curva da COVID-19 ter caído no ano passado, nos últimos meses os números de casos e mortes aumentaram e se mantêm em patamar elevado. Em função disso, muitos especialistas voltaram a recomendar medidas de isolamento mais rígidas.
"O apelo que faço é para que reformulem essa política e entendam que isolamento, lockdown e confinamento nos leva para miséria. A economia anda de mãos dadas com a vida. Vida sem recursos e empregos torna-se muito difícil", disse o presidente.
"Meu pai sempre me ensinou: se coloque no lugar das outras pessoas antes de tomar uma decisão. Se eu fosse um dos muitos de vocês que fosse obrigado a ficar em casa, ver a esposa com três, quatro filhos, e não ter, como chefe do lar, como levar comida para casa, eu me envergonharia. Assim sendo, o apelo que eu faço a todos do Brasil: reformulem essa política", acrescentou.
Elogio ao programa de vacinação
Em seu discurso, Bolsonaro comentou sobre o plano de imunização no Brasil, elogiando a postura do governo. Segundo Bolsonaro, ele sempre se comprometeu a comprar qualquer vacina aprovada pela Anvisa.
"A Europa e países da América do Sul não têm vacina e sabemos que a procura é grande. Assinamos convênios, fizemos contratos e compromissos desde setembro do ano passado com vários laboratórios. Vacinas começaram a chegar e vão chegar para toda população em curto período de tempo", disse o chefe de Estado.
Bolsonaro criticou por várias vezes a qualidade e eficácia da vacina chinesa CoronaVac. Ele afirmou, por exemplo, que os brasileiros não seriam "cobaias" e, em outubro, após o Ministério da Saúde ter anunciado acordo para aquisição do imunizante, disse que o governo não compraria a vacina.
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