Na semana passada, o laboratório brasileiro submeteu, em conjunto com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), o pedido de uso emergencial da Sputnik V junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa), que fez uma avaliação preliminar do pedido e disse que mais documentos são necessários para a aprovação.
O diretor de negócios internacionais da farmacêutica, Rogério Rosso, afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista à Reuters, que uma nova reunião está agendada com a Anvisa para a próxima quinta-feira (21). Contudo, Rosso acrescentou que não é necessário o registro da vacina no Brasil "para exportá-la para outros países que já aprovaram o imunizante".
Entre os países do continente sul-americano, a Argentina foi o primeiro a iniciar a vacinação com a Sputnik V, enquanto Bolívia, Venezuela e Paraguai já obtiveram o registro para uso emergencial. De acordo com o RFPI, além das nações citadas, Sérvia, Bielorrússia, Argélia e Palestina já registraram a vacina desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya da Rússia, e espera-se que outros países autorizem o uso emergencial do imunizante russo nos próximos dias.
Argélia receberá 500 mil doses da vacina russa Sputnik V em janeirohttps://t.co/6Bz5vA4ppd
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 18, 2021
De acordo com o dirigente da União Química, o potencial de mercado da Sputnik V na América Latina, incluindo o Brasil, é de 300 milhões de doses em 2021.
"Nossa prioridade é o Brasil, mas as exportações são uma oportunidade real, pois a demanda por vacinas no mundo é muito maior que a oferta" disse Rosso à Reuters.
Veja este vídeo exclusivo da delegação União Química do Brasil liderada pelo presidente Fernando De Castro Marques se reunindo em Moscou com o CEO da RDIF Kirill Dmitriev e o acadêmico Alexander Gintsburg, diretor do Gamaleya Center, que desenvolveu a vacina #SputnikV. pic.twitter.com/OXYgP3OeSK
— Sputnik V (@sputnikvaccine) January 13, 2021
O RFPI fechou na semana passada um acordo com a União Química para fornecer matéria-prima para a produção de dez milhões de doses no primeiro trimestre de 2021 e 150 milhões até o fim do ano.
De acordo com Kirill Dmitriev, chefe do RFPI, diversos países se interessam pela vacina russa Sputnik, enquanto sua produção é discutida com a Alemanha.
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