Conforme publicou o jornal Folha de São Paulo, o Brasil terá em janeiro apenas 30% das doses previstas pelo Ministério da Saúde para a realização da primeira fase da vacinação.
A primeira fase de imunização pretende vacinar grupos prioritários - profissionais da saúde, idosos acima de 75 anos ou de asilos, a população indígenas e os povos ribeirinhos. No total, o grupo tem cerca de 14,8 milhões de pessoas.
Se no domingo (17) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar os pedidos de uso emergencial de vacinas realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, o Brasil só terá o suficiente para imunizar cinco milhões de pessoas.

Ainda segundo a publicação, especialistas acreditam que isso fará com que o Ministério da Saúde precise redesenhar o plano de vacinação para criar novas prioridades diante da escassez de doses das vacinas, que precisam ser aplicadas duas vezes. Por isso, conforme o jornal, a pasta deve priorizar profissionais de saúde, idosos que vivem em asilos e indígenas de aldeias.
O número de doses disponíveis pode ser ainda menor, uma vez que não se sabe quando chegarão os dois milhões doses da vacina AstraZeneca/Oxford a serem importadas da Índia, cujo governo negou a liberação imediata. Outros seis milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac junto ao Butantan, já estão no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, já foram fechados acordos que garantem 354 milhões de doses ao longo do ano, porém, a pasta ainda não divulgou a data exata do início da imunização no país, apesar da expectativa de que a vacinação tenha início na quarta-feira (20).

Enquanto isso, o país vê os números de casos e mortes crescerem. Apenas neste sábado (16), 1.059 novos óbitos foram registrados no Brasil. No total, conforme os dados da mais recente atualização do consórcio de veículos de imprensa, o país tem mais de 209 mil mortes por COVID-19, além de quase 8,5 milhões de casos da doença.
Em algumas regiões a situação já é crítica. É o caso do estado do Amazonas, que viu seus estoques de oxigênio acabarem na quinta-feira (14) em meio a um pico de letalidade da doença. Diante do colapso no sistema de saúde local, o governo do estado decretou toque de recolher na região de Manaus, além do fechamento do comércio.
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