A farmacêutica brasileira União Química afirmou na terça-feira (6) que vai entrar com pedido de uso emergencial da vacina russa contra a COVID-19, a Sputnik V, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em meados de fevereiro. O presidente da companhia, Fernando de Castro Marques, disse que caso aprovada, o laboratório brasileiro poderá oferecer o imunizante no país já no próximo mês.
"A produção deve ser iniciada até a segunda quinzena de janeiro. O banco de células já chegou ao país. Com isso, podemos dar início a fabricação da vacina", garantiu Marques ao jornal Valor Econômico.
O executivo destacou à mídia que uma delegação da União Química, com sete membros, embarca para Moscou, Rússia no sábado (9) para tratar da ampliação dos estudos clínicos da vacina no Brasil e dos processos produtivos. E com isso iniciar o pedido de registro permanente do imunizante.

A ideia da União Química é que a produção da vacina aconteça paralelamente à realização da fase III de testes clínicos no Brasil. A Sputnik V vai ser produzida na unidade de biotecnologia da União Química, a Bthek, em Brasília. Quando estiver operando em plena capacidade, a fábrica poderá produzir oito milhões de doses do imunizante por mês.
Bolívia, Argentina, Sérvia e Bielorrússia já aprovaram os ensaios clínicos de fase III obtidos na Rússia para registrar a Sputnik V e iniciar suas campanhas de vacinação.
A eficácia da vacina russa contra a COVID-19 é de 91,4%, segundo os resultados da análise do terceiro e último ponto de controle dos dados dos ensaios clínicos de fase III russos, obtidos 21 dias após a administração da primeira dose a voluntários. O cálculo foi baseado na análise de dados de voluntários (n = 22.714) que receberam a primeira e a segunda doses da vacina ou placebo no último ponto de controle de 78 casos confirmados de acordo com o protocolo dos ensaios clínicos de fase III. A Sputnik V demonstrou eficácia de 100% contra casos graves da COVID-19.
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