Na quinta-feira (24), o Brasil ultrapassou a marca de 190 mil mortes por COVID-19. O número expressivo, o segundo maior do mundo, pode ser ainda pior, segundo um levantamento da Vital Strategies, uma organização global de especialistas que atua junto a governos.
Conforme publicou o jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (25), a organização estima que os dados no Brasil estejam defasados em cerca de 33 mil óbitos que foram computados como casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e sem uma causa apontada.
A organização detalha que esses pacientes que faleceram em casos de SRAG apresentavam pelo menos três sintomas clínicos da COVID-19. Conforme aponta o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS), esses casos deveriam ter sido apontados como suspeitos da doença causada pelo novo coronavírus, mesmo com testes negativos.

Os três principais sintomas detectados nesses casos foram dispneia – falta de ar -, a saturação do oxigênio acima de 95% e também tosse, que seriam também os principais sintomas encontrados em pessoas que morreram de SRAG com a COVID-19 detectada.
Ainda segundo o jornal, a organização já compartilhou as informações com o Ministério da Saúde. Os dados são coletados através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), mantido pelo próprio ministério.
No total, até o dia 14 de dezembro, foram 242.249 mortes por SRAG no Brasil desde o início do ano. Desse total, 32.923 óbitos foram de pessoas com sintomas de COVID-19. Com esses números, o Brasil poderia ter até 221.208 mortes causadas pelo novo coronavírus.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 190.006 óbitos confirmados por COVID-19, além de um total de 7.425.593 casos registrados da doença.
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