Este é o maior desmatamento na Amazônia detectado no mês de novembro dos últimos dez anos. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (17) pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Quase metade (48%) do desmatamento detectado em novembro de 2020 na Floresta ocorreu no estado do Pará. As outras parcelas ocorreram em Mato Grosso (19%), Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e Amapá (1%).
O boletim aponta ainda que a maior parte (61%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas. O restante foi registrado em áreas de assentamentos (22%), em unidades de conservação (11%) e em terras indígenas (6%).

O aumento da agressão à Amazônia é ainda mais acentuado quando considerada a área degradada da floresta. Foram 1.206 km² de Floresta Amazônica degradados em novembro de 2020, o que representa um aumento de 144% em relação a novembro do ano passado, quando a degradação foi de 495 km².
A diferença entre desmatamento e degradação, segundo o Imazon, está no grau de remoção da cobertura florestal original, bem como no uso que é feito da área que era ocupada pela floresta. Enquanto o desmatamento remove a floresta e converte a área para outros fins (como pastagens, mineração e urbanização), a degradação diz respeito a uma remoção parcial e temporária da cobertura florestal, como para abertura de estradas.

No dia 30 de novembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou que o desmatamento da Amazônia apresentou uma alta de 9,5% no último ano. No entanto, levando-se em conta a média dos dez anos anteriores à posse de Jair Bolsonaro, o desmatamento cresceu 70%, segundo o Observatório do Clima.
Ao comentar estes números, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, minimizou o aumento do desmatamento da Amazônia e disse que a porcentagem "podia ser pior ainda".
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