Nesta segunda-feira (7), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o estado começaria a aplicar a CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, antes mesmo do início do programa nacional de imunização. A vacina ainda não tem registro da Anvisa.
Segundo levantamento do portal Congresso em Foco, pelo menos 11 estados estão negociando a compra da CoronaVac com Doria: Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Pará, Paraíba e Pernambuco.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), informou que desde o mês passado vem negociando com Doria e o Butantan para a aquisição da vacina.
Sobre as negociações p/ aquisição da vacina da covid para os cearenses, informo que, desde o mês passado, tenho mantido conversas com o Governo de SP, diretamente com o gov João Dória, e Inst Butantã, responsável pela produção da CoronaVac, p/ aquisição o mais rápido possível...
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) December 7, 2020
Além disso, pelo menos quatro capitais demonstraram interesse pela vacina: Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro. O governador de São Paulo, por sua vez, disse que vai disponibilizar o imunizante para outros estados.
São Paulo vai disponibilizar a vacina para imunizar profissionais de saúde de outros Estados brasileiros. Trabalhadores que estão na linha de frente do combate à COVID-19 e precisam de proteção. A Coronavac é a vacina do Brasil. https://t.co/c9BCdahdX2
— João Doria (@jdoriajr) December 7, 2020
O Ministério da Saúde chegou a anunciar acordo para a compra de 46 milhões de doses do imunizante da Sinovac. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo não compraria a vacina e afirmou que os brasileiros não seriam "cobaias".
De acordo com calendário do governo federal, a campanha de vacinação vai começar em março, dividida, inicialmente, em quatro fases. Ao anunciar o plano, o Ministério da Saúde não citou a CoronaVac. O governo informou nesta segunda-feira (7) que está negociando a compra da vacina da Pfizer, usada no Reino Unido.
Dino entra com ação no STF
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), por sua vez, disse que entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar autorização para estados negociarem diretamente a compra de imunizantes autorizados por outros países.
Ingressei ontem com ação judicial no Supremo. Objetivo é que estados possam adquirir diretamente vacinas contra o coronavírus autorizadas por Agências sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. Com isso, estados poderão atuar, se governo federal não quiser.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) December 8, 2020
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