O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é citado 43 vezes no inquérito dos atos antidemocráticos.
De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira (4) pelo Estadão, agentes da Polícia Federal levantam a possibilidade de o parlamentar estar envolvido nos ataques às instituições e ao regime democrático no Brasil. Carlos estaria "ajudando" e "cooperando" com canais na Internet suspeitos de promoveram estes ataques.
A reportagem do Estadão cita ainda alguns casos investigados no inquérito. Como o de Anderson Rossi, dono do Foco do Brasil, um canal no Youtube de cunho bolsonarista. Rossi negou ter recebido ajuda de Carlos Bolsonaro para a estruturação do canal. No entanto, afirmou que recebe de Tércio Arnaud Tomaz, amigo de Carlos, imagens exclusivas do presidente da República, a que os órgãos de imprensa não têm acesso. Tércio é integrante do "gabinete do ódio", grupo de assessores bolsonaristas que usa as redes sociais para promover o presidente e atacar adversários.
A PF apura também se assessores do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio atuavam no impulsionamento de páginas pró-Jair Bolsonaro nas redes sociais. Dois assessores, Tércio e José Matheus Sales Gomes, disseram que ajudaram nas páginas do atual presidente da República, mas de forma "voluntária", sem receber pelo trabalho.

O inquérito dos atos antidemocráticos investiga a organização e o financiamento de ataques às instituições democráticas do país realizadas pelas redes sociais.
No dia 27 de novembro, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que ouviu de ministros do governo federal que Carlos é ligado ao chamado "gabinete do ódio".
Em 17 de novembro, a PF fez buscas na casa do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que já havia sido alvo de prisão temporária, no mesmo inquérito.
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