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Mourão diz que embaixada da China não deveria ter usado redes sociais para rebater Eduardo Bolsonaro

© Foto / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala com a imprensa.
O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala com a imprensa. - Sputnik Brasil
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O vice-presidente Hamilton Mourão criticou nesta sexta-feira (27) a embaixada da China por ter repudiado publicamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão defendeu que a embaixada deveria ter enviado uma carta ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

"É a segunda vez que o embaixador chinês reage dessa forma. Dentro das convenções da diplomacia, o camarada se sentindo incomodado com qualquer coisa que tenha acontecido no país, ele escreve uma carta para o ministro das Relações Exteriores e vai ao Itamaraty e apresenta as suas ponderações, não via redes sociais ou então vira um carnaval", afirmou.

Mourão declarou que, por ter apagado a postagem em que acusava o governo chinês de espionagem, Eduardo Bolsonaro provavelmente recebeu alguma recomendação do governo.

"Acho que o deputado, quando postou e depois apagou, acho que ele deve ter recebido alguma recomendação para retirar aquilo", disse.

Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, escreveu em suas redes sociais que o Brasil se aliaria aos Estados Unidos para manter a segurança da tecnologia 5G "sem espionagem da China". No dia seguinte, o parlamentar apagou a postagem.

A declaração gerou críticas duras por parte da embaixada da China que sugeriu a Eduardo e a outros críticos do país asiático abandonar a retórica "da extrema-direita norte-americana" para evitar "consequências negativas".

"Isso é totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento. A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos", escreveu.

Nesta quinta-feira (26), o Itamaraty criticou a embaixada da China por ter se manifestado pelas redes sociais e disse que "canais diplomáticos estão abertos e devem ser utilizados".

"Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China através das redes sociais", afirmou o Ministério das Relações Exteriores.
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