A Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) confirmou nesta quinta-feira (26) que recebeu documentação com os resultados dos testes das fases 1 e 2 da vacina BNT162b2, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer contra a COVID-19, informou o site G1.
Segundo a agência, a documentação foi incluída no chamado "processo de submissão contínua", decisão recente da Agência com o objetivo de agilizar procedimentos rumo à autorização de imunizantes apenas para o coronavírus. Até então, as empresas eram obrigadas a entregar toda a documentação de uma só vez. Isso não significa que a empresa pediu o registro do produto no país.
"De acordo com o disposto pela Instrução Normativa 77/2020, a Anvisa tem até 20 dias para analisar os documentos, contados a partir da data do protocolo", informou a agência em nota.
No Brasil 2,9 mil voluntários participam dos testes da Pfizer, mas ainda não há acordo para fornecimento da vacina. Mesmo assim, o Ministério da Saúde incluiu a empresa entre os cinco fabricantes em negociação.
"Esse é um importante passo para que o imunizante esteja disponível no Brasil. A Pfizer disponibilizará todos os dados necessários para avaliação e estará em total colaboração com a Anvisa para que esse processo transcorra da melhor maneira e o mais rapidamente possível", afirmou, em nota, Márjori Dulcine, diretora-médica da Pfizer Brasil.
A Pfizer e o laboratório alemão BioNTech já anunciaram que a BNT162b2 teve 95% de eficácia na prevenção à doença e não houve efeitos colaterais graves, conforme os estudos da terceira fase. As empresas "planejam apresentar os dados de eficácia e segurança do estudo para revisão por revistas científicas assim que a análise deles for concluída". Elas afirmaram já terem enviado documentos para "várias agências regulatórias ao redor do mundo, incluindo a FDA norte-americana, a EMA, da União Europeia, e a britânica MHRA".
A vacina da Pfizer/BioNTech é baseada na tecnologia mRNA. Ela contém uma sequência genética desenvolvida em laboratório que "ensina" as próprias células do corpo humano a produzirem proteínas parecidas com o SARS-CoV-2. Com isso, o sistema se defende contra o vírus.
Essa chamada "vacina genética" exige armazenamento em uma temperatura de 70 ºC negativos durante o transporte. Vacinas, em geral, são armazenadas entre 2 °C e 8 °C.
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