Do total, cerca de 100 desses crimes foram homicídios consumados ou tentados. As informações foram publicadas pela Agência Brasil.
O levantamento parcial foi apresentado nesta-terça-feira (24) pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e mostra um aumento de cinco vezes em relação ao registrado no mesmo período de 2016, últimas eleições municipais.
Em pronunciamento nas redes sociais, Barroso destacou como ponto de atenção o aumento dos crimes contra candidatos nas eleições deste ano.
"A violência é incompatível com a democracia. É preciso jogar limpo e civilizadamente e os órgãos de segurança pública estão vigilantes em relação ao crime organizado", disse Barroso.
O ministro destacou ainda que, apesar de os crimes eleitorais, como boca de urna, compra de votos e transporte ilegal de eleitores, terem diminuído neste ano, os crimes contra a vida de candidatos aumentaram.
De acordo com o TSE, dos 100 homicídios tentados ou consumados contra candidatos desde janeiro, 67 ocorreram somente em outubro e dezembro, quando todas as candidaturas já estavam confirmadas pelos partidos.Desde janeiro, 45 candidatos e pré-candidatos foram assassinados, 12 dos quais entre outubro e novembro. A maior parte dos casos ocorreu no Sudeste.
Barroso apela contra violência de gênero nas campanhas
Barroso rechaçou a alta taxa de violência por motivação política, especialmente contra mulheres. Neste ano, houve um aumento no número de vereadoras eleitas, no primeiro turno, com mais de 50 mulheres candidatas a prefeitas e vice-prefeitas, no segundo turno.
"A violência física ou moral contra as mulheres pelo simples fato de serem mulheres é inaceitável. Esse tipo de atitude, esse tipo de comportamento é pior do que machismo, é, na verdade, covardia".
O ministro fez um apelo para que mais mulheres participassem da política brasileira.
"Precisamos de mais mulheres na política e, portanto, precisamos derrotar essa cultura do atraso, da discriminação, do preconceito e das agressões às mulheres. Mais mulheres na política. Elas podem. O Brasil precisa", concluiu Barroso.
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