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Prefeitura e Câmara do Rio são alvos de operação contra milícia

© Folhapress / Jose LucenaPolícia Civil do Rio de Janeiro (imagem referencial)
Polícia Civil do Rio de Janeiro (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Nesta terça-feira (6), a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma operação contra uma quadrilha formada por milicianos, traficantes e funcionários públicos, que explora o comércio na Zona Norte da capital fluminense.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) cumpre, desde o início da manhã de hoje (6), 46 mandados de busca e apreensão. Há diligências na prefeitura, na Câmara de Vereadores e na Guarda Municipal da cidade. Um dos alvos é um guarda municipal que trabalhou no gabinete da vereadora Vera Lins (Progressistas), que é candidata à reeleição, mas não é investigada.

O advogado da vereadora, James Walker Júnior, disse ao G1 que a operação causou surpresa, já que o guarda municipal suspeito não trabalha mais no gabinete há quase dois anos.

"Ele é um guarda municipal concursado da prefeitura e que foi requisitado através da Câmara para trabalhar no gabinete. Se ele é o motivo para a investigação no gabinete da vereadora, bastaria enviar um ofício, um pedido, que saberia que ele não trabalha mais lá". "Isso é uma violência, que tem muito de gestão política. É uma tentativa de manipulação política por parte da Polícia Civil. Isso é um abuso de autoridade", afirmou.

A Guarda Municipal, por sua vez, informou que está "à disposição da Polícia Civil para colaborar com as investigações" e assinalou que abrirá sindicância para apurar a denúncia. 

Segundo a DRCPIM, a milícia ameaçava, extorquia e coagia comerciantes da região de Madureira. O delegado responsável informou que o grupo é liderado por Genivaldo Pereira das Neves, conhecido como Popeye.

"São 23 pessoas investigadas nessa organização criminosa, por enquanto", disse o delegado Maurício Demétrio ao jornal O Dia.

As investigações, que começaram em fevereiro de 2019, revelaram que o grupo é suspeito de movimentar entre R$ 60 mil e R$ 90 mil por semana com cobranças irregulares. Os policiais identificaram que apenas um shopping pagava R$ 15 mil por semana para conseguir funcionar. A milícia também é acusada de envolvimento em nove homicídios.

Operação Esculhambação

A ação desta terça-feira (6) é um desdobramento da Operação Esculhambação II, realizada em outubro do ano passado, na qual a polícia apreendeu 20 toneladas de produtos falsificados em Madureira.

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