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'Lucro perto de zero': Bolsonaro descarta tabelar preços e faz novo apelo aos supermercados

© AP Photo / Eraldo PeresO presidente Jair Bolsonaro durante o evento "Brasil vencendo a COVID-19" no Palácio do Planalto, em 24 de agosto de 2020.
O presidente Jair Bolsonaro durante o evento Brasil vencendo a COVID-19 no Palácio do Planalto, em 24 de agosto de 2020. - Sputnik Brasil
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Nesta terça-feira (8), o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, apelou novamente aos donos de supermercados para que contenham a alta no preço do arroz.

O apelo foi publicado pelo presidente brasileiro em vídeo nas redes sociais e remete à alta de preços de produtos básicos no Brasil. No vídeo, Bolsonaro participa de encontro com médicos que defendem o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra a COVID-19. A substância não tem efeito comprovado contra a doença.

O presidente afirma que tem conversado com empresários de supermercados pedindo para que eles diminuam seus lucros de modo a manter o preço de produtos da cesta básica, como o arroz, em níveis mais baixos. Bolsonaro afirmou também que não pretende tabelar os preços de tais produtos.

"Ninguém vai usar a caneta Bic para tabelar nada, não existe tabelamento, mas pedindo para eles que o lucro desses produtos essenciais nos supermercados seja próximo de zero", afirmou o presidente, acrescentando ainda que acredita que os preços devem começar cair a partir da nova safra do grão, entre dezembro e janeiro.

Bolsonaro afirmou ainda que seu governo prepara medidas para diminuir a inflação nos preços de alimentos, porém o presidente não detalhou as ações.

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro comenta sobre o aumento dos preços dos alimentos. Na semana passada, o presidente também falou em "apelo" aos empresários para diminuir os preços, pedindo "patriotismo" aos donos de redes de supermercados, tendo em vista a situação delicada em meio à pandemia da COVID-19.

Exportações, pandemia e aumento de preços

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica subiu acima da inflação em 16 capitais brasileiras. Na quinta-feira (3), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou uma nota oficial apontando o aumento de produtos da cesta básica, como o feijão e o arroz.

© Folhapress / Danilo Verpa/FolhapressConsumidora compra em supermercado de São Paulo, em 16 de abril de 2009
'Lucro perto de zero': Bolsonaro descarta tabelar preços e faz novo apelo aos supermercados - Sputnik Brasil
Consumidora compra em supermercado de São Paulo, em 16 de abril de 2009

A Abras aponta ainda que o aumento dos preços de produtos como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja se deve ao crescimento das exportações de tais alimentos, o que se soma ao aumento da demanda interna em meio à pandemia da COVID-19.

"Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo coronavírus (COVID-19)" diz a Abras em nota.

Mais cedo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também deu declaração sobre o assunto e garantiu que o país não corre riscos de escassez de produtos como o arroz.

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