Bolsonaro se filiou ao PSL em 2018 para disputar as eleições. Após uma briga com o presidente nacional da sigla, o deputado Luciano Bivar, ele e um grupo de políticos saíram da sigla. Sua intenção era criar o Aliança pelo Brasil a tempo de disputar as eleições municipais deste ano, mas o partido ainda não conseguiu reunir assinaturas suficientes para registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Eu recebi outros convites. Três partidos me convidaram para conversar. Um foi o [PTB, de] Roberto Jefferson. Tem mais dois partidos também. Já conversei com os presidentes desses dois outros partidos. Tem uma quarta hipótese, aí né, o PSL também, alguns sinalizaram. É sinalização apenas de uma reconciliação. A gente bota as condições na mesa de reconciliar, eles botam de lá para cá também", disse em live transmitida por suas redes sociais.
'Tenho que olhar outros partidos'
Sobre a criação da Aliança pelo Brasil, Bolsonaro comentou sobre a dificuldade de registrar um novo partido.
"É difícil formar um partido, não é impossível, mas é difícil. Uma burocracia enorme. A pandemia atrasou. Passa na ponta da linha pelo TSE e a gente sabe como é o comportamento de alguns ministros no tocante a novos partidos. Então eu não posso investir 100% no Aliança, o que pese o esforço de muita gente pelo Brasil. Eu tenho que olhar outros partidos", declarou.
Sobre um possível retorno ao PSL, disse que não existia um "partido nota dez" e que o importante era ser uma legenda "nota oito, nota nove". Além disso, Bolsonaro afirmou que existem parlamentares da sigla que conversam com ele, mas com outros o diálogo seria "impossível".
"Vou conversar com o pessoal do PSL, que apesar de eu ter saído, tem ali uns 43, 44 parlamentares que conversam comigo. Tem uns oito ali que não dá para conversar tendo em vista o nível para onde conduziu a política, entrando na questão pessoal, atacam pessoalmente", disse.
Bolsonaro também afirmou que, caso retorne ao seu antigo partido, ele teria que justificar aos seus apoiadores o "por que da volta".
Deputados do PSL ironizam declaração
Logo após a transmissão da live do presidente, parlamentares do PSL comentaram sobre as declarações de Bolsonaro. O deputado federal Junior Bozella disse, por meio do Twitter, que o partido não aceitaria o presidente de volta.
Agradecemos ao @jairbolsonaro o seu reconhecimento de que o @PSL_Nacional é um grande partido, de gente séria e equilibrada, ao solicitar o seu retorno para agremiação. Mas como um partido liberal e democrático, deputados acharam por bem não aceitar.
— Bozzella (@bozzellajr) August 14, 2020
A deputada Joice Hasselman, ex-líder do governo no Congresso, por sua vez, afirmou que o PSL não havia pedido a volta de Bolsonaro, que, segundo ela, "enviou emissários" para conversar com a legenda devido às dificuldades com o Aliança.
Sobre as declarações de @jairbolsonaro de q “não descarta a volta” ao @PSL_Nacional é importante frisar:
— Joice Hasselmann DIREITA RACIONAL🇧🇷 (@joicehasselmann) August 14, 2020
1- O PSL NÃO pediu a volta dele. Ele mandou emissários pq o Aliança naufragou.
2- O PSL não expulsou Bolsonaro. Ele saiu atirando dps de tentar tomar o partido no tapetão. 👇
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)