De acordo com a AEB, commodities, como petróleo e minério de ferro, dominam as dez primeiras posições da lista. A associação também indicou que, até a terceira semana de julho, 66,5 milhões de toneladas de soja foram embarcadas pelo país em 2020.
A economista, professora da Faculdade de Economia da UERJ, Maria Beatriz de Albuquerque David, em entrevista à Sputnik Brasil, destacou que, apesar da crise da pandemia ter um efeito muito grande, o principal é observar como estão estruturadas as exportações brasileiras.
"Nós somos exportadores de commodities para os países desenvolvidos e pro nosso principal parceiro, a China. E somos exportadores de manufaturados para a América Latina. Enquanto formos centrados em exportações centradas a certos parceiros, e não tivermos integrados às cadeias produtivas mundiais, não vai haver possibilidade de melhora do quadro de diversicação e aumento das nossas exportações", afirmou.
Assim, de acordo com a especialista, o Brasil sofre o impacto negativo, por um lado, da demanda, e, por outro, a variabilidade de preços.
"A desvalorização do real favorece as exportações, em termos de quantidade exportada, mas a receita total é muito impactada pelo preço. Então nesse sentido, a gente teria que exportar ainda mais pra manter a receita", disse.
"Nossa pauta é muito centrada em produtos que têm alta variabilidade de preços, então isso explicaria esse comportamento. Então enquanto a gente não diversificar a exportação e diversificar parceiros, principalmente dos manufaturados, e aí tem um problema de tecnologia, de inserção no mercado, tem uma série de problemas estruturais maiores que não passam por soluções de curtíssimo prazo, e nem de ter uma política de mais longo prazo", acrescentou.
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