Entre os atingidos estão apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, empresários e políticos, como o dono da Havan, Luciano Hang, e o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
O inquérito, do qual Moraes é relator, apura a existência de uma rede que dissemina ataques a ministros do Supremo e notícias falsas por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens.
Entre as contas suspensas também estão as do blogueiro Allan dos Santos, do jornalista Bernardo Küster, dos empresários Edgard Corona e Otávio Fakhoury e da ativista extremista Sara Winter. Em maio, eles e outros investigados no inquérito tinham sido alvo de mandados de busca e apreensão, também autorizados por Moraes.
Empresas dizem que apenas cumpriram decisão judicial
Segundo comunicado divulgado pelas empresas, a suspensão ocorreu por força de uma decisão judicial do STF. O Twitter informou que agiu "estritamente em cumprimento a uma ordem legal", segundo o jornal O Globo.
Já o Facebook afirmou que "respeita o judiciário e cumpre ordens legais válidas".
A ordem do ministro do STF tinha sido dada em 27 de maio, mas não havia sido cumprida. Na quinta-feira (24), Moraes deu nova determinação para o cumprimento da decisão, com prazo de 24 horas para sua aplicação.
A decisão do juiz afirma que a suspensão era necessária para interromper os "discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional democrática". O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou em maio contra o bloqueio das contas.
Facebook já tinha removido outras contas
Em 8 de julho, o Facebook removeu, por iniciativa própria, uma série de contas e páginas consideradas falsas, com ligações com a família do presidente Jair Bolsonaro e com o Partido Social Liberal (PSL), legenda pela qual o mandatário se elegeu em 2018.
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