Coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o estudo teve três fases do projeto concluídas, mas, de acordo com o reitor da universidade, Pedro Hallal, o Ministério da Saúde não teve interesse de prosseguir com outras etapas.
"Completamos as três fases, o projeto foi concluído. O que o Ministério poderia fazer, que seria razoável, era continuar e fazer mais fases da pesquisa. Infelizmente parece que o Ministério não está interessado, porque não nos procurou mais. Embora a gente tenha manifestado o quanto era importante seguir em mais fases da pesquisa", disse Hallal, citado pelo G1.
O reitor da UFPel informou que a universidade vem buscando novas formas de financiamento e já existem negociações com instituições e iniciativa privada.
A última etapa realizada pela pesquisa mostrou dados importantes sobre a COVID-19 no Brasil, como o aumento da prevalência do coronavírus em diversas cidades de 1,9% para 3,8% e a diminuição do distanciamento social de 23,1% para 18,9%. O período de análise das três fases do estudo foi de maio até junho.
"Os resultados, inclusive, foram bastante elogiados pelo Secretário-Executivo do Ministério [Elcio Franco]. Os artigos estão sendo publicados em uns dos melhores periódicos científicos do mundo, estão em avaliação e serão publicados. Não existe nenhuma razão científica que justifique a não continuação do financiamento. Agora, se existe alguma outra razão, nós desconhecemos", afirmou o reitor.
"É uma coisa muito triste para o Brasil, tu ter o maior estudo epidemiológico do mundo sobre coronavírus e o estudo parar no meio por falta de financiamento. Acho que é um pouco do retrato de como o país trata a ciência e tecnologia", completou Hallal.
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