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Governo não renova maior estudo sobre mapeamento da COVID-19 no Brasil

© Folhapress / Dikran Junior / AgifVoluntários da ONG Rio de Paz cavam 100 covas para simbolizar mortes causadas pela COVID-19 no Rio de Janeiro
Voluntários da ONG Rio de Paz cavam 100 covas para simbolizar mortes causadas pela COVID-19 no Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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O Ministério da Saúde não irá renovar o financiamento do Epicovid, estudo que é considerado o mais importante sobre a prevalência do coronavírus no Brasil.

Coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o estudo teve três fases do projeto concluídas, mas, de acordo com o reitor da universidade, Pedro Hallal, o Ministério da Saúde não teve interesse de prosseguir com outras etapas.

"Completamos as três fases, o projeto foi concluído. O que o Ministério poderia fazer, que seria razoável, era continuar e fazer mais fases da pesquisa. Infelizmente parece que o Ministério não está interessado, porque não nos procurou mais. Embora a gente tenha manifestado o quanto era importante seguir em mais fases da pesquisa", disse Hallal, citado pelo G1.

O reitor da UFPel informou que a universidade vem buscando novas formas de financiamento e já existem negociações com instituições e iniciativa privada.

A última etapa realizada pela pesquisa mostrou dados importantes sobre a COVID-19 no Brasil, como o aumento da prevalência do coronavírus em diversas cidades de 1,9% para 3,8% e a diminuição do distanciamento social de 23,1% para 18,9%. O período de análise das três fases do estudo foi de maio até junho.

"Os resultados, inclusive, foram bastante elogiados pelo Secretário-Executivo do Ministério [Elcio Franco]. Os artigos estão sendo publicados em uns dos melhores periódicos científicos do mundo, estão em avaliação e serão publicados. Não existe nenhuma razão científica que justifique a não continuação do financiamento. Agora, se existe alguma outra razão, nós desconhecemos", afirmou o reitor.

 "É uma coisa muito triste para o Brasil, tu ter o maior estudo epidemiológico do mundo sobre coronavírus e o estudo parar no meio por falta de financiamento. Acho que é um pouco do retrato de como o país trata a ciência e tecnologia", completou Hallal.

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