De acordo com o estudo, citado pelo UOL, a expectativa é que as "importações chinesas de soja cresçam 1,5% ao ano para cerca de 113 milhões de toneladas em 2028, respondendo por cerca de dois terços das importações mundiais de soja".
"Até 2028, projeta-se que o Brasil será responsável por 42% do total das exportações mundiais de soja. Este desenvolvimento é favorecido pelas tarifas adicionais de 25% aplicadas pela China sobre a soja importada dos Estados Unidos. Presume-se que estas tarifas permanecerão em vigor durante todo o período de previsão", diz a FAO.
O estudo, que avalia o mercado agrícola até 2028, diz que hoje a produção de soja do Brasil e EUA é semelhante, somando cerca 120 milhões de toneladas em 2016-18, mas, na próxima década, o crescimento projetado no Brasil [1,8% ao ano] "deverá ser mais forte que nos Estados Unidos [1,2%], principalmente devido à possibilidade de expansão da área plantada, principalmente através da intensificação da cultura através do cultivo duplo de soja com milho".
"Além disso, assumindo que as tarifas adicionais que a China introduziu recentemente na soja dos Estados Unidos permaneçam em vigor, a soja brasileira desfrutará de uma vantagem competitiva no maior mercado de importação do mundo. Com sua produção interna atingindo 144 milhões de toneladas até 2028, o Brasil se tornará o maior produtor mundial, ultrapassando os Estados Unidos, para os quais a produção está projetada para ser de 121 milhões de toneladas até 2028", acrescenta a FAO.
Impacto ambiental
Por outro lado, as entidades destacam também que o desmatamento é um fator preocupante no Brasil e na América Latina, alertando que qualquer flexibilização das regulamentações ambientais poderia representar um risco de desmatamento.
"As preocupações ambientais também estão aumentando, especialmente no que diz respeito a uma ligação potencial entre desmatamento e aumento da produção de soja no Brasil e na Argentina. Estas preocupações têm motivado o setor privado a incentivar o uso de terras já desmatadas para novas expansões de área", diz o estudo.
De acordo com as organizações, "as políticas e regulamentações agrícolas e ambientais, a legislação e a falta de vigilância adequada e de capacidade de execução também desempenharam um papel no desmatamento". "Assim, qualquer flexibilização das regulamentações ambientais poderia representar um risco de desmatamento", diz o estudo.
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