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É ultrajante falar que Exército vai dar golpe, mas outro lado não pode 'esticar corda', diz general

© Folhapress / Zanone Fraissat O presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Luiz Eduardo Ramos durante solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 2019.
 O presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Luiz Eduardo Ramos durante solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 2019. - Sputnik Brasil
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O ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos, classificou como "ultrajante" a ideia de que o Exército teria a intenção de dar um golpe no Brasil, mas depois alertou para o "outro lado não esticar a corda".

A declaração foi dada durante uma entrevista de Ramos para a revista Veja publicada nesta sexta-feira (12).

"É ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático. O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda", afirmou o general.

Perguntado sobre a declaração, Ramos referiu-se a acusações de fascismo ao governo.

"O Hitler exterminou seis milhões de judeus. Fora as outras desgraças. Comparar o presidente a Hitler é passar do ponto, e muito. Não contribui com nada para serenar os ânimos. Também não é plausível achar que um julgamento casuístico pode tirar um presidente que foi eleito com 57 milhões de votos", disse.

Ao responder o que seria um "julgamento casuístico", Ramos mencionou o julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Um julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que não seja justo. Dizem que havia muitas provas na chapa de Dilma e Temer. Mesmo assim, os ministros consideraram que a chapa era legítima. Não estou questionando a decisão do TSE. Mas, querendo ou não, ela tem viés político", mencionou.

O general classificou os protestos contra o governo como legítimos e disse que há manifestações favoráveis ao presidente.

"A rua não tem dono. Também há manifestações em favor do Bolsonaro. Só há uma coisa que me incomoda e me desperta atenção. Um movimento democrático usando roupa preta. Isso me lembra muito autoritarismo e black blocs. Quando falo em democracia, a primeira coisa que me vem à mente é usar as cores da minha bandeira, verde e amarelo. No domingo, fiquei disfarçado no gramado em frente ao Congresso observando o pessoal. Eles não usavam vermelho para não pegar mal. Mas me pareceu que eram petistas", afirmou.

Luiz Eduardo Ramos também revela que deve pedir para ir para a reserva.

"Devo pedir para ir para a reserva. Estou tomando essa decisão porque acredito que o governo deu certo e vai dar certo. O meu coração e o sentimento querem que eu esteja aqui com o presidente", revelou.

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