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COVID-19: Brasil pode ultrapassar EUA em 48 dias e ser o mais mortal do mundo, diz estudo

© Folhapress / Dikran Junior / AgifVoluntários da ONG Rio de Paz cavam 100 covas para simbolizar mortes causadas pela COVID-19 no Rio de Janeiro
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Se nada mudar, o Brasil tem uma boa chance de ultrapassar os EUA em 48 dias e se tornar o país com mais mortes no planeta pela pandemia do novo coronavírus, segundo um modelo matemático do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington.

Embora as projeções não garantem que isso irá necessariamente ocorrer, elas vêm sendo usadas pelo governo do presidente estadunidense Donald Trump. Os cálculos, publicados pela BBC Brasil nesta quinta-feira (11), mostram que o país pode também bater o recorde de óbitos em um dia: 4,4 mil, o dobro das 2.262 mortes, registradas nos EUA em 14 de abril.

O modelo matemático aponta ainda que, pela progressão da COVID-19 em solo brasileiro, o dia 29 de julho é o estimado para que o país figure no topo dos óbitos no mundo, tendo 137,5 mil mortos, ante 137 mil dos EUA, atual líder de infectados e de mortos pela pandemia. O número significa quadruplicar as vítimas fatais em 50 dias – algo que ocorreu nos últimos 90 dias.

Se considerar a progressão e a taxa de mortes por 100 mil habitantes, caso tudo siga como está, o Brasil deverá superar os EUA em 10 de julho, segundo o IHME. O modelo da universidade norte-americana considera diversas variáveis, como adesão ao distanciamento social e o número de casos. No país, o primeiro está em queda, e o segundo segue em aceleração, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

© AFP 2023 / Evaristo SaMoça tem temperatura verificada ao entrar em shopping em Brasília enquanto comércio em todo o Brasil começa a abrir com restrições
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A capacidade do Brasil prever os rumos do novo coronavírus nos 27 estados e no Distrito Federal vem sendo questionada por especialistas, seja pela polêmica envolvendo o governo do presidente Jair Bolsonaro a respeito da maquiagem dos dados diários completos de infectados e mortos pela doença, ou pelas medidas de flexibilização em andamento em grandes polos de propagação do vírus, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Ainda não se sabe quando o pico da COVID-19 chegará ao país, mas a estimativa mais recente é de que ele se dê apenas em agosto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a flexibilização do distanciamento social só deve ser considerada após um período mínimo de duas semanas consecutivas tanto no número de infecções quanto no de óbitos.

No momento, o Ministério da Saúde aponta que o Brasil tem 772.416 diagnosticados com a doença, com 39.680 mortos – uma média de 1,2 mil óbitos diários na metade dos primeiros 10 dias de junho. Já o consórcio de veículos da imprensa mostra que, com base nos números das secretarias estaduais de saúde, o país já tem 39.803 vítimas fatais e 775.581 casos.

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