De acordo com o levantamento, pela primeira vez, é possível observar um empate técnico entre os que defendem o isolamento para todos e os que acreditam que as medidas restritivas devem ser mantidas apenas para os chamados grupos de risco. Atualmente, são 52% contra 46%, respectivamente, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Apoio a isolamento social amplo para conter o coronavírus cai 8 pontos, mostra Datafolhahttps://t.co/SOibmnDMbb
— Datafolha - OFICIAL (@Data_Folha) April 29, 2020
Segundo o Datafolha, o apoio ao isolamento amplo é maior entre os jovens (61%), os moradores da região Nordeste (64%) e os que reprovam o desempenho do presidente no combate ao surto da COVID-19. Já o apoio ao isolamento restrito é mais alto entre os mais ricos (58%) e os que aprovam a maneira como Bolsonaro vem lidando com a crise do coronavírus (68%).
"A maioria (67%) avalia que no momento o mais importante é que as pessoas fiquem em casa a fim de evitar a propagação do coronavírus, mesmo que isso prejudique a economia e cause desemprego (era 76%, no início do mês, e 68%, no dia 17 de abril). Já um quarto (25%) avalia que no momento o mais importante é acabar com o isolamento das pessoas a fim de estimular a economia e impedir o desemprego, mesmo que isso contribua para a disseminação do coronavírus (era 18%, no início do mês, e 22%, há 10 dias). Uma parcela de 8% não opinou (era 6%, no início do mês e 10%, há 10 dias)", explica o Instituto Datafolha.
O fim do isolamento social, ou a sua flexibilização, tem sido motivo de grandes tensões no Brasil ao longo dos últimos meses, com o presidente Jair Bolsonaro minimizando os impactos sanitários da pandemia e defendendo medidas polêmicas para evitar consequências mais graves para a economia, a despeito das recomendações oficiais das principais autoridades mundiais da saúde.
Bolsonaro defende flexibilização do isolamento e alerta para efeitos econômicos da pandemia (VÍDEO)
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 18, 2020
© Foto: Reuters / Adriano Machadohttps://t.co/cVrmzIGyuT pic.twitter.com/DcLlG6GcPv
Em meio a isso, na última terça-feira (28), o país alcançou a marca de 5.017 óbitos provocados pela COVID-19, superando a China, onde o novo coronavírus foi registrado pela primeira vez e primeiro epicentro do surto. Ao ser indagado sobre esse fato, Bolsonaro voltou a gerar mal-estar ao responder desta forma:
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse ele, provocando indignação generalizada na imprensa e entre outros políticos e autoridades, que o acusaram de desrespeitar a dor de milhares de brasileiros e não se comportar de acordo com as exigências do cargo que exerce.
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