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O que políticos e personalidades do Brasil acham da briga com China, iniciada por Eduardo Bolsonaro?

© Folhapress / Pedro LadeiraDeputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na Câmara dos Deputados, em Brasília, 21 de outubro de 2019
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na Câmara dos Deputados, em Brasília, 21 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil
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A quarta-feira (18) foi marcada por desavença entre Eduardo Bolsonaro e a China, maior parceira comercial do Brasil. Personalidades e políticos brasileiros deram sua opinião ao impasse que sacudiu a web.

Em meio à crise mundial impulsionada pelo novo coronavírus, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) retweetou uma publicação no Twitter, culpando o Partido Comunista da China pela pandemia de coronavírus.

Não demorou muito para o filho do presidente do Brasil Jair Bolsonaro ser revidado pela Embaixada da China no Brasil, que o classificou como "uma pessoa sem visão internacional nem senso comum", e pelo embaixador chinês Yang Wanming, que exigiu um pedido de desculpa.

A desavença agitou o Twitter, colocando "China", com 1,2 milhão de tweets, "Eduardo Bolsonaro", com 50 mil tweets, e #VirusChines, com 65 mil tweets, na lista dos assuntos mais comentados desta quinta-feira (19).

A onda de comentários infestou a web, e saiu recheada de tweets de políticos e personalidades do Brasil, com posicionamentos contrários e favoráveis à postura do filho de Bolsonaro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu desculpas à China pelas "palavras irrefletidas" de Eduardo Bolsonaro.

​O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não gostou nem um pouco da atitude de Eduardo Bolsonaro e escreveu que "enquanto o mundo se une, a família Bolsonaro nos afasta".

​O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) apoiou o filho do presidente, que é também do partido PSL, e usou um tweet do político britânico Nigel Farage, para mostrar que não só Eduardo Bolsonaro acha que a culpada pela pandemia é a China.

​A jornalista Patrícia Lélis desaprovou a atitude de Eduardo Bolsonaro, escrevendo que acreditar que a China criou o coronavírus "é a mesma coisa que acreditar em Terra plana", e adicionando o tweet da embaixada chinesa.

​Igor Araújo, que é lutador de artes marciais, afirmou que "não tem como defender a China".

​O colunista da Veja, Ricardo Noblat, acredita que nunca se tratou de uma resposta de um embaixador, mas, sim, de uma nação, no caso, da nação chinesa.

​A jornalista da Folha, Patricia Campos Mello, ressaltou a crise diplomática Brasil-China iniciada por Eduardo Bolsonaro e repostou o tweet do embaixador da China.

​A diretora Petra Costa, que concorreu ao Oscar na categoria Melhor Documentário com "Democracia em Vertigem", escreveu que a "embaixada da China deu uma das melhores respostas da história da diplomacia".

​O deputado estadual André Fernandes (PSL-CE) chamou Rodrigo Maia de "canalha" por ter entrado em defesa do embaixador chinês.

​O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) chamou Eduardo Bolsonaro de "irresponsável filhinho de papai".

​Principal parceiro comercial do Brasil

Tendo importado do Brasil entre janeiro e outubro de 2019 US$ 51,53 bilhões, a China é uma das principais fontes de investimento estrangeiro no Brasil.

As áreas brasileiras que mais recebem investimento chinês correspondem aos setores de infraestrutura e de óleo e gás. Mas os setores financeiro, de serviços e de inovação ganham participação de destaque de capital chinês.

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