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Sátira política e homenagens históricas marcam 1ª noite de desfiles na Sapucaí

© Sputnik / Cris GomesTripé da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral representando o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante o desfile da Série A na Sapucaí.
Tripé da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral representando o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante o desfile da Série A na Sapucaí. - Sputnik Brasil
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A sexta-feira (21) de carnaval no Rio de Janeiro teve o desfile das escolas de samba da Série A dando o pontapé inicial para o folia no sambódromo. A noite na Sapucaí entrelaçou o espetáculo com a típica sátira com as autoridades, além das homenagens históricas nos sambas.

A primeira escola a desfilar, a Acadêmicos de Vigário Geral, levou à avenida um tripé com uma alegoria representando o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, caracterizado como palhaço. A imagem viralizou nas redes sociais ainda durante o desfile. A sátira política é uma das marcas do carnaval no mundo inteiro.

Além da Vigário Geral, desfilaram a Unidos da Ponte, Unidos do Porto da Pedra, Acadêmicos do Cubango, Império Serrano, Acadêmicos da Rocinha e Renascer de Jacarepaguá.

A Acadêmicos de Vigário Geral levou à avenida um enredo sobre as enganações, trapaças e o chamado "jeitinho" brasileiro baseado no improviso, discutindo as marcas desses temas na história do país.

© Sputnik / Cris GomesA tradicional ala das baianas na escola Porto da Pedra durante desfile da Série A no Rio de Janeiro.
Sátira política e homenagens históricas marcam 1ª noite de desfiles na Sapucaí - Sputnik Brasil
A tradicional ala das baianas na escola Porto da Pedra durante desfile da Série A no Rio de Janeiro.

A Acadêmicos da Rocinha contou a história de Maria da Conceição, mulher congolesa escravizada no Brasil conhecida como a guerreira Maria Conga, nome do único quilombo reconhecido na Baixada Fluminense.

A Unidos da Ponte abordou sob chuva o tema da "eternidade", apresentando diversas tentativas da humanidade em busca do conceito através, por exemplo, da religião e da memória.

A Unidos do Porto da Pedra homenageou a ala das baianas, considerada a mais tradicional nos desfiles de escola de samba, ligada à ancestralidade e espiritualidade, além de simbolizar a resistência dos povos de matriz africana no Brasil.

© Sputnik / Cris GomesMestre-sala e porta-bandeira da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral durante desfile da Série A na Sapucaí.
Sátira política e homenagens históricas marcam 1ª noite de desfiles na Sapucaí - Sputnik Brasil
Mestre-sala e porta-bandeira da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral durante desfile da Série A na Sapucaí.

A Acadêmicos do Cubango homenageou Luiz Gama, o jurista negro considerado patrono da abolição da escravidão no Brasil. Gama dedicou a vida a advogar em prol de escravizados, tendo ajudado a libertar inúmeras pessoas dos grilhões.

A Renascer de Jacarepaguá falou sobre a figura típica das benzedeiras sob o enredo "Eu que te benzo, Deus que te cura", abordando a miríade de religiões e crenças no Brasil.

Já a Império Serrano teve seu desfile dedicado às mulheres com um enredo engajado sobre o empoderamento feminino homenageando figuras como Dona Ivone Lara e Neide Coimbra, ligadas à história da escola. A escola, porém, levou à avenida fantasias da ala das baianas sem as saias, um momento que gerou comoção entre os membros da escola.

Ainda neste sábado (22) o desfile da Série A do carnaval carioca será encerrado pelas escolas Acadêmicos do Sossego, Inocentes de Belfort Roxo, Unidos de Bangu, Acadêmicos de Santa Cruz, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Padre Miguel e Império da Tijuca.

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