"Estou aguardando", resumiu Bolsonaro, que terá até o final do dia uma reunião com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, para tratar da convocação da diplomata brasileira em Teerã.
Alinhado com os Estados Unidos desde o início do seu governo, Bolsonaro acrescentou que quer continuar fazendo negócios com o Irã – principal parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio e no golfo Pérsico –, e que Brasília rejeita todas as formas de terrorismo "em qualquer lugar do mundo".
Segundo o Itamaraty, a representante brasileira foi convocada junto com oficiais de outros países para um encontro com autoridades do Irã, sendo a principal pauta os "eventos em Bagdá", referindo-se ao ataque dos EUA que assassinou Soleimani.
O ministério brasileiro também informou que a conversa foi calma e cordial, mas que não haveria comentários adicionais sobre o teor do diálogo com a Chancelaria iraniana.
A suspeita é que o Irã teria ficado irritado com a nota divulgada pelo Itamaraty na sexta-feira passada, horas após o assassinato de Soleimani. Nela, o ministério afirma dar "seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo".
"O Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento", acrescentou o comunicado, endossado nesta segunda-feira por Bolsonaro, que foi além e disse que Soleimani "não era general".
A fala de Bolsonaro sobre isso foi interpretada como mais uma prova de alinhamento com Washington, que classificou o general iraniano como "terrorista".
A diplomacia iraniana no Brasil não se pronunciou oficialmente sobre o posicionamento do governo Bolsonaro.
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