Em visita oficial ao Brasil nesta semana, a secretária de Comércio espanhola destacou que a ratificação do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul foi afetada pelas tensões entre o governo brasileiro e vários países europeus devido aos incêndios na Amazônia. Por outro lado, ela elogiou a agenda de reformas no país.
“A mensagem que [as empresas espanholas] nos deram é muito positiva. As principais queixas sobre o clima de negócios estão encaminhadas [para serem resolvidas] através das últimas reformas que visam facilitar a captação de investimentos estrangeiros”, disse, citada pera revista Exame.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o economista Roulien Paiva Vieira, afirmou que hoje em dia não é possível desassociar os acordos econômicos da importância da pauta ambiental.
"Primeiramente, a gente tem que perceber que um acordo é um alinhamento entre as partes, onde se tem um entendimento e uma admissão dentro de uma concordância das necessidades. Um acordo que trata das questões locais e das questões comerciais entre os dois blocos tem que respeitar também a capacidade produtiva. Não existe produção sem a observância do meio ambiente, sem a observância dos recursos naturais", disse o economista.
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 7, 2019
Por conseguinte, o governo espanhol, que é um grande representante da comunidade europeia, junto do Mercosul [...] percebe-se que esse alinhamento seria muito necessário e positivo nessa questão", acrescentou.
De acordo com o economista, as questões ambientais hoje "são extremamente necessárias" para a concretização de qualquer acordo econômico.
"A questão que se vê preponderante nessa questão é que dinheiro é importante, sem dinheiro não roda a máquina, mas o dinheiro é só um meio. Agora, o recurso de ponta é o meio ambiente. Assim como o recurso final volta para o meio ambiente", concluiu.
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