De acordo com o secretário de produtos de Defesa da pasta, Marcos Degaut Pontes, a projeção é de que até 2022 as exportações brasileiras no setor podem chegar a R$ 6 bilhões.
O jornalista e especialista em assuntos militares, Pedro Paulo Rezende, disse à Sputnik Brasil que a projeção do secretário de Defesa é muito pequena perto do que pode o Brasil no setor de venda de equipamentos militares.
"É uma quantia muito pequena, não é uma quantia expressiva como ele [Marcos Degaut Pontes] tenta mostrar. Na verdade o que está acontecendo agora é que a indústria militar brasileira amadureceu produtos que foram lançados no período do governo do PT, essa que é a verdade", afirmou o especialista.
Pedro Paulo Rezende citou como exemplo o KC-390, que é um produto da Embraer que vai começar a entrar em fabricação este ano, mas que é um projeto que foi lançado no governo Lula e "agora está maduro o suficiente para entrar no mercado".
"Esse produto tem uma expectativa que ele possa atender boa parte do mercado de reposição do C-130 Hércules americano. Só pra ter uma ideia, são mais ou menos 3.000 Hércules em operação em todo o mundo, então se a gente pegar um terço disso são mil aviões. Cada avião desse KC-390 'Miliennium' vale 100 milhões de dólares", argumenta.
"Então é uma expectativa muito subestimada a partir do momento em que a indústria militar brasileira começa a colcoar em produção projetos da época do governo Lula", acrescentou o jornalista.Ao comentar a perspectiva das exportações brasileira em Defesa para os próximos anos, Pedro Paulo Rezende, destacou que o potencial é muito maior do que o apresentado pelo secretário de Defesa.
"O Brasil tem condição de se colocar, com o KC-390, com o Astros 2020, com o novo avião que foi desenvolvido pela Novaer e poder ser produzido agora pelos Emirados Árabes Unidos, que é o Calidus B-250 [...] então é uma série de produtos que seguramente dão uma expectativa maior que essa", destacou.
De acordo com ele, com estes produtos o Brasil deve ficar atrás apenas do Reino Unido, Espanha e Alemanha, na venda de equipamentos militares.
Ao comentar o que falta para o Brasil deslanchar no setor de venda de produtos de Defesa, o especialista citou a falta de capital e incentivo fiscal dos governos.
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